Autoridades querem identificar financiadores e organizadores de bloqueio de estradas, protestos e acampamentos
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Polícia Federal estão investigando a possível participação de pessoas de nossa região nos ataques aos prédios dos três poderes na Capital Federal, no último dia 8 de janeiro.
A apuração visa identificar a presença nos atos ou mesmo a colaboração para com as ações que tiveram início com os bloqueios de estradas e acampamentos em frente às unidades militares, logo após o resultado das eleições em 30 de outubro do ano passado.
Fonte ouvida pela redação de Gazeta do Rio Pardo informou que as investigações querem alcançar “quem convocou e patrocinou os fechamentos de estradas, quem convocou e patrocinou os acampamentos, e quem convocou, patrocinou ou participou dos atos em Brasília no dia 8”.
A mesma fonte – que pediu para não ser identificada, afirma que há vários elementos que ligam pessoas da região aos atos praticados desde o fim das eleições, inclusive com fartas provas colhidas em redes sociais.
“Sabemos que há, inclusive, vídeos convocando pessoas, solicitando apoio financeiro, organizando viagens. Há discurso de ódio, defesa ilegal de intervenção federal e incitação a atos antidemocráticos. Mas tudo isso passa por uma análise bastante criteriosa, para que não sejam cometidos equívocos”, disse a autoridade.
Perguntado sobre a inclusão de rio-pardenses nas apurações, comentou: “Como disse, essa investigação está bastante intensa nesta região”, completou.
Outras cidades
Segundo informação veiculada pelo jornal O Município, uma caravana saiu de São João da Boa Vista para participar dos atos na capital federal.
O grupo teria sido financiado por empresários, que também teriam patrocinado o acampamento bolsonarista em frente ao Tiro de Guerra da cidade.
Morador de Aguaí
Dentre os investigados pelos atos de invasão e depredação aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, está um morador de Águaí. O caminhoneiro é um dos 39 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O homem aparece, inclusive, em um vídeo postado no perfil do Instagram (@contragolpebrasil), que mostra os invasores depredando o prédio do STF.
A PGR diz que os denunciados podem responder pelos crimes de: associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima; deterioração de patrimônio tombado.