Vereador denuncia que equipamento foi desligado e esgoto vem sendo despejado no Fartura
Na sessão da Câmara desta terça-feira (25), as proposituras apresentadas pelos vereadores versaram sobre diversos temas, com destaques para reivindicações de melhorias nas áreas de obras e equipamentos públicos.
Henrique Torres apresentou requerimento solicitando ao Executivo informações sobre o abandono da Estação de Tratamento de Esgotos do bairro Domingos de Sylos. Ele disse ter sido alertado sobre o assunto por um morador do bairro e se dirigiu ao local onde atestou o problema.
“A informação é que essa estação estava funcionando até o fim do último mandato e no início desse mandato, mandaram desligar”, disse o vereador, apresentando fotos sobre o local onde há água represada, mato alto e tanques abertos que servem de criadouro para mosquitos e proliferação de doenças e coloca em risco a integridade de pessoas que residem próximo, inclusive crianças.
“Estamos com um problema enorme na questão do tratamento de esgoto, ninguém consegue concluir a obra. O prefeito disse que ia concluir em 12 meses, não concluiu. Estamos jogando todo o esgoto no rio. A única estação de tratamento mandaram desligar”, questionou em plenário.
O vereador apresentou ainda outras proposituras questionando a necessidade de melhorias para os moradores da comunidade do Curtume e para a melhoria do entorno da ESF do bairro Domingos de Sylos.
Banheiros públicos
A vereadora Thais Nogueira apresentou requerimento solicitando informações sobre soluções para manutenção dos banheiros públicos, entre eles na Praça do Epidauro, Praça XV de Novembro e Área de Lazer.
Ela falou já ter tratado do assunto com os setores de Obras e Turismo, sem que tenha havido uma definição acerca das responsabilidades quanto a limpeza e funcionamento dos espaços, destacando que não podem permanecer fechados, principalmente quando da realização de eventos. A vereadora citou a reforma do Epidauro, mas observou que é preciso zelar pelos banheiros.
O presidente da Casa, Rafael Kocian comentou também sobre os banheiros do Terminal Rodoviário, que pelo sistema de concessão do prédio, é de responsabilidade dos condôminos do prédio, ou seja, dos comerciantes ali instalados. “Está previsto no contrato estabelecido entre a Prefeitura e os proprietários. Limpeza, abertura e fechamento é de responsabilidade dos locatários da área”, comentou.
Tomando parte da discussão, o vereador Paulo Sérgio Rodrigues chamou a atenção para a necessidade de que haja pessoas cuidando dos banheiros, para evitar depredações. Citou o caso dos sanitários da Praça XV, onde portas, louças sanitárias e torneiras estão destruídas. Com isso, segundo ele, as pessoas são obrigadas a utilizarem os banheiros do comércio no entorno.
Eduardo Ramos também apresentou manifestação, destacando ter sido procurado por uma munícipe que reivindicou melhores condições de privacidade nos sanitários da rodoviária. Sobre a ausência de vigilância nestes locais, o vereador disse que conversou na Secretaria de Segurança, onde a alegação é de que falta efetivo.
Falta acolhimento a cães maltratados
Ainda na sessão da Câmara, a causa animal voltou à pauta por meio do vereador Antônio José Quessada Neto que, mais uma vez, solicitou informações sobre negativa de acolhimento pelo Centro de Controle de Zoonoses a animais vítimas de maus tratos.
“Dois cães foram recolhidos, após denúncia e foi lavrado Boletim de Ocorrência, conforme prevê a legislação vigente. Entretanto, o Centro de Controle de Zoonoses se recusou a receber os animais no Canil, para abrigo temporário, descumprindo as normas legais vigentes em nosso município’, disse o vereador.
“No Canil, fomos informados que não havia lugar para os cães. Por que não foi autorizado esse acolhimento aos dois cães? Além disso, a veterinária, que é responsável técnica e que estava presente quando chegamos com os cães não disse nem sim, nem não. Disse que era para falar com o outro responsável técnico no Canil. Isso não pode mais acontecer. Não se sabe quem manda mais, quem manda menos. Uma hora ajudam, outra não ajudam, fica essa rixa não sei para quê”, relatou o vereador.
Toco Quessada observou que é preciso fazer cumprir a lei, inclusive para aplicação das devidas multas aos não cuidadores por maus tratos. “Os animais estavam muito debilitados, precisavam de cuidados, que também foi negado na Clínica que é conveniada com a Zoonoses. Lá o veterinário disse que a Zoonoses não havia autorizado, inclusive o laudo”, continuou o vereador, relatando que o amparo aos animais foi feito por conta própria, com banhos, vacina e exames. “Isso não pode mais ficar assim. Peço ajuda dos senhores e da Prefeitura para que realmente se faça cumprir a lei pelo Centro de Controle de Zoonoses”, completou.
Dante Lemes termina período de substituição na Câmara
A partir da próxima semana, a Câmara Municipal retoma seu quadro original da legislatura atual, com todos os vereadores titulares em plenário.
No período eleitoral, Rubinho Pinheiro foi substituído por André Luís. O quadro foi recomposto logo após a votação de primeiro turno, quando o vereador titular reassumiu, após ter disputado a eleição para deputado estadual.
Alegando razões particulares, Pedro Giantomassi pediu licença e também se afastou do Legislativo, sendo substituído por e Dante Lemes, que encerrou sua participação na última sessão da Casa.
Dante sempre esteve focado na defesa de questões relacionadas à melhoria da acessibilidade. Cadeirante, ele vive no cotidiano as dificuldades dessa parcela da população.
Uma das reivindicações constantes de seu curto mandato foi a construção de rampas com acessibilidade, nas calçadas do viaduto Moacyr D’Ávila Ribeiro, que liga o Centro à Vila Formosa, serviços que tiveram início no começo da semana.
O vereador agradeceu aos seus eleitores e aos seus pares da Câmara, observando ter contribuído para representar a população deficiente.
Acidentado há 9 anos, Dante Lemes comentou que os deficientes podem tudo, basta que haja acessibilidade, sendo cumprimentado pelos demais.