Imagem foi enviada ao G1 por um leitor, que prefere não ser identificado.
Polícia Civil investiga corpo encontrado nas águas esta semana.
Uma fotografia enviada para o G1 na terça-feira (23) mostra um braço boiando na Baía de Guanabara. De acordo com o leitor, que prefere não ser identificado, a foto foi feita às 10h de segunda (22) próximo à Ponte Rio-Niterói, mais perto do Rio de Janeiro.
O registro foi feito quando ele atravessava a Baía de Guanabara e esta não é a primeira vez que o leitor vê um corpo boiando nas águas: “Eu já vi corpos boiando outras vezes. Uma há cinco anos e a outra no ano passado”.
Além de cadáveres, ele já flagrou vários outros objetos nas águas.
“É absurdo, mas a gente já acostumou a ver coisas boiando na Baía de Guanabara. Já vi muito lixo, outros objetos e cachorros mortos”, contou o leitor.
A reportagem do G1 consultou o biólogo Mário Moscatelli, especializado nos ecossistemas do Rio de Janeiro há mais de 25 anos, sobre a frequência com que ele viu corpos nas águas da cidade. Trabalhando na Baía de Guanabara há 19 anos, ele informou que já foi comum observar cadáveres boiando durante pesquisas.
“Já vi corpos inteiros e já vi em pedaços. Devo dizer que depois das UPPs houve uma redução. Talvez o descarte desses corpos tenha ficado mais difícil. Antes eu lembro claramente que era frequente encontrar corpos na Baía de Guanabara. Nas lagoas da cidade era bem menos comum”, afirmou Moscatelli.
O biólogo destacou ainda que os locais da Baía de Guanabara onde era mais comum ver cadáveres eram perto da região de Gramacho, em Duque de Caxias; e na área da Ilha do Fundão. Moscatelli disse que é possível que a força das águas levar um corpo de um rio até desembocar nas águas do mar.
O G1 procurou as autoridades para saber se um corpo foi encontrado nas águas da Baía de Guanabara desde a última segunda (22). De acordo com a Polícia Civil, a Delegacia de Homicídios do Rio instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte de uma pessoa que ainda não foi identificada. O corpo foi encaminhado ao IML e os agentes fazem diligências em busca de informações que possam ajudar a esclarecer o caso.
Fonte: Cristina Boeckel (Do G1 Rio)