Cafeicultor contabiliza os prejuízos do incêndio que destruiu também um apiário
Desde quinta-feira passada, dia 8 de setembro, alguns locais da zona rural do município têm enfrentado incêndios de grandes proporções, que acabaram causando destruição de plantações e até mesmo de algumas propriedade rurais.
O fato, noticiado com grande repercussão na imprensa da região, inclusive pelo portal G1, destacou em especial a propriedade do agricultor Marco Viana, de 61 anos.
As chamas tomaram conta da área de aproximadamente 65 alqueires, consumindo instalações, matas e uma extensa área de café plantado. Ele estima que 360 mil pés de café.
Gazeta fez contato com o produtor, segundo o qual, o prejuízo ainda está sendo calculado.
Abelhas queimadas
Além dos prejuízos relacionados às plantações, sobretudo do café, o incêndio resultou em destruição ambiental com o desalojamento de pequenos animais da fauna e a queima de áreas de matas.
Empresário e apicultor desde 1986, Antônio Marcos da Costa – o Marquinho Abelha, foi alertado no domingo, 11 de setembro, de que seu apiário estava sendo tomado pelas chamas, em uma propriedade às margens da SP-211, estrada de terra, São José/Divinolândia, o Sítio Angolinha, de Jorge Ribeiro.
“Fui avisado pelo dono do sítio onde colocamos as abelhas que o fogo tinha invadido o espaço. Corremos para lá, mas o fogo já estava passando pelo apiário “, lamentou.
Segundo ele, como as colmeias são feitas de madeira e as abelhas constroem favos com cera, acabam derretendo com facilidade quando expostas ao calor. “A hora que o fogo está embaixo ou ao lado das colmeias, acaba por derreter a cera, o que aumenta o fogo e faz com que queime toda a colmeia”, explicou, dizendo ainda que conseguiu salvar algumas colmeias.
“Não contabilizamos o prejuízo, mas perdemos não só a caixa de madeira, perdemos todo trabalho de desenvolvimento daquelas colmeias para produção do mel dessa florada, que nem tínhamos tirado ainda. Sem contar com a perda ambiental, pois o principal benefício que as abelhas trazem para o meio ambiente é a polinização das plantas”, destacou.
“Se o homem não se conscientizar e cuidar do meio que vive, o que deixaremos para as novas gerações?”, questionou.