Calendário eleitoral e captação de recursos são algumas das justificativas para adiamento
Nem setembro, nem outubro. A anunciada volta do Festival de Música da Primavera, o Femp, deve acontecer somente no final de novembro. Problemas como falta de recursos, calendário eleitoral e agenda de artistas têm dificultado a organização do evento.
Havia expectativa de que o festival pudesse ocorrer após 2 de outubro, data do primeiro turno das eleições, entretanto, seria feito ainda em período eleitoral – às vésperas de um possível segundo turno, podendo gerar questionamentos ou eventual intercorrência motivada pela militância eleitoral.
E não foi apenas isso. Os recursos até agora levantados para fazer o festival são bem poucos, diante da necessidade. Com dificuldade para obter fundos por meio da Lei Rouanet, o Femp tem buscado patrocínio por meio do programa estadual Proac, cuja captação é mais demorada pois requer contato direto com empresas e grandes pagadores de impostos estaduais.
“Deixamos para a última semana de novembro, ainda dentro da primavera, com tempo para captar recursos. Tradicionalmente o Femp não usava dinheiro de prefeitura”, comentou o diretor-presidente do DEC, Agenor Ribeiro Neto.
O custo de um show cotado para o evento também está fora da realidade para o cofre do Femp. Além do valor cobrado, acima de R$ 50 mil, Elba Ramalho ou Alceu Valença não têm agenda disponível, segundo o presidente do DEC.
Outros nomes como Diogo Nogueira, Gabriel Sater foram cotados, cobraram cerca de R$ 75 mil. A apresentação de Nando Reis, outro cantor de destaque, é na ordem de R$ 130 mil.
A expectativa é de que até 15 de setembro seja divulgada uma prévia sobre as músicas já inscritas e classificadas da fase nacional. Por outro lado, em razão da pouca quantidade de músicas locais para o evento poderá ensejar a abertura de um novo período de inscrições, apenas para a categoria local.