terça-feira , 26 novembro 2024
Início / Cidade / Ano letivo acaba e, para 2021, transporte escolar rural ainda preocupa
Kátia Alencar acredita em aulas presenciais no início de fevereiro, se não houver segunda onda do Covid

Ano letivo acaba e, para 2021, transporte escolar rural ainda preocupa

Licitação realizada esta semana poderá ser alterada pela nova administração municipal, prevê Kátia Alencar

O ano letivo das creches e escolas municipais foi finalizado esta semana. Quanto ao retorno em 2021, o município segue uma resolução estadual, que determinou o reinício das atividades escolares em fevereiro. Os professores, estaduais e municipais, estarão de férias até 28 de janeiro, voltando então para o planejamento e, em seguida, as aulas. O transporte escolar continuará sendo o problema mais delicado, segundo prevê a atual secretária municipal de educação Kátia Alencar.

Em entrevista à Difusora, ela falou inicialmente sobre aulas em fevereiro. “Serão presenciais? Hoje falamos que sim, mas amanhã pode ser que isso mude se ocorrer um outro surto de Covid e tudo fechar de novo. Especialistas afirmam que o retorno será presencial, naquele esquema de 35% e com todos seguindo os protocolos sanitários para se ter segurança na escola”, disse.

Creches voltam primeiro

“De 0 a 3 anos não há como retornar de forma segura antes que saia a vacina, mas de 4 anos pra cima as crianças já entendem questões como distanciamento. Haveria um atendimento de 5 a 6 alunos por dia em cada sala, para não haver tanta criança aglomerada. Assim, tudo está caminhando para um retorno presencial, desde que não haja uma segunda onda”, prosseguiu.

Segundo Kátia, a nova secretária de educação que assumir a pasta em 2021 (Ana Beatriz Feltran Maia) poderá alterar a data de retorno, caso queira, desde que cumpra com os 200 dias letivos previstos em lei.

Licitação para o transporte escolar

A licitação para o transporte escolar rural ocorrida esta semana, de acordo com Kátia, era para ter sido feita em outubro de 2019, quando terminou o contrato dos perueiros. Como o vínculo com a empresa dos ônibus escolares rurais terminaria em abril de 2020, a administração fez um contrato emergencial com os perueiros até abril, para então abrir uma licitação única: para kombis, vans e ônibus. A pandemia, porém, alterou todo esse planejamento.

“Como temos já uma previsão de retorno dos alunos do Estado em fevereiro, e a maioria dos alunos rurais são do Estado, a administração achou por bem iniciar essa licitação para que o próximo governo municipal já tenha condições de ter o atendimento a essas crianças em fevereiro. Ela ocorreu segunda-feira para ônibus, com duas empresas locais concorrendo e cada uma ficando com três linhas. Terça-feira ocorreu a dos perueiros, sendo 34 linhas, mas para veículos com 15 lugares, já incluindo o motorista e o monitor”, detalhou Kátia, ressalvando, porém, que o novo prefeito poderá, se quiser, modificar isso.

Estrutura a ser deixada

A futura secretária municipal de educação encontrará uma Secretaria com quase 600 funcionários, sendo maior até mesmo que a da Saúde. Ela emprega 300 professores e atende mais de 4 mil alunos.

“Temos também algumas obras ainda em andamento, apontadas pelo Tribunal de Contas, como a cozinha da escola Ada Parisi, uma reforma no Zélia, outra no Vinicius Spessoto, uma sala de informática no São Judas. Não finalizaremos elas em 2020”, previu.

Sobre os pais que querem tirar seus filhos das escolas particulares, por causa do custo, e passa-los para o município ou o Estado, Kátia alertou: “Nós já estamos superlotados, a demanda foi toda organizada e distribuída, talvez fiquem numa lista de espera. Tivemos um aumento grande entre julho e agosto, quando muitos alunos do particular vieram para o município. Recomendo às mães que os mantenham no particular”.

O orçamento para a educação municipal em 2021 será menor que o de 2020. Por conta disso, Kátia acha que o próximo prefeito não conseguirá implementar o ensino integral em escolas do município no próximo ano. Ela lembrou, no entanto, que já há, em determinadas escolas municipais, algumas salas com aulas integrais.

Balanço do que fez

Kátia lembrou que assumiu a Secretaria Municipal de Educação no final de 2018, após dois outros secretários e um interino. “Não havia uma linha definida de trabalho, então tivemos dois anos para recuperar os quatro anos de governo. Fizemos muita coisa. Assumimos o sistema de ensino SESI de educação infantil, foi uma conquista muito grande. Compramos acervos literários infantis para todas as escolas, além de parques infantis. Mas entrei quando havia problemas na área de transporte escolar e estou saindo com este setor dando problema, com o último contrato tendo sido feito em 2014. Foi e é o maior desafio desde quando entrei, mas saio satisfeita com o que pude fazer”, finalizou.

Confira também

Polícia abre inquérito para investigar Asilo Lar de Jesus

Entidade foi alvo de diligência nesta semana; medicamentos vencidos foram apreendidos no local No final …

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *