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Coronavírus: Saúde e Santa Casa traçam estratégias de ação

“Não há motivo para pânico”, alertam participantes da reunião que discutiu o que fazer

Na reunião realizada na manhã desta sexta-feira, 13, na Santa Casa de São José do Rio Pardo, com participação de diretores e de médicos do Hospital – Dr. Eliezer, diretor do Pronto Socorro; o diretor clínico, dr. Guto; o diretor técnico, dr. Antônio Vaz; e o dr. Marcelo Galotti – além de enfermeiros e representantes da Secretaria Municipal de Saúde. Foram traçadas algumas estratégias a serem postas em prática na hipótese de se confirmarem casos oficiais de coronavírus em São José.

“Primeiramente, não há motivo para pânico porque São José não tem nenhum caso confirmado. A Santa Casa já tem dois quartos reservados, com respiradores, caso haja necessidade. Tem os nossos 7 leitos de UTI e hoje pela manhã já recebemos uma ligação da nossa Regional da Saúde, perguntando se há possibilidade de ampliar de 7 para 10 leitos, o que é uma solicitação do município de muitos anos. Então, talvez, agora o município consiga realizar”, disse Márcia Biegas, secretária municipal de saúde, ao jornal, após participar do encontro.

“Concluímos que temos que alertar a população em algumas questões, como, por exemplo, quando uma pessoa estiver com ‘gripinha’, febre baixa, tosse, coriza. Neste caso, que ela procure não sair de casa, não precisa ir ao Pronto Socorro ou estar em lugares com muita gente, porque pode não ser nada ou pode ser. Procure o Pronto Socorro em casos de febre muito alta, com sintomas realmente mais graves”, continuou.

“A orientação é lavar as mãos, ficar a um metro de distância quando for conversar com alguém, evitar abraços, beijos, apertos de mão. Evitar ir a festas ou lugares muito cheios, bares muito lotados e fechados. Enfim, evitar neste momento estar no meio de muitas pessoas”, prosseguiu.

Evitar visitas

Outra orientação que os participantes do encontro na Santa Casa decidiram passar para a população é que aqueles que têm parentes internados no hospital evitem visita-los. Ou, que somente uma pessoa da família, em bom estado de saúde, visite o doente internado, ninguém mais.

“A ideia é que a Secretaria da Saúde, junto com a Santa Casa, tentarão reservar um lugar para os atendimentos dos casos confirmados. Esse espaço será equipado para a eventualidade de ocorrer uma epidemia no município. Não haverá falta de máscaras porque tanto a Secretaria da Saúde quanto o Pronto Socorro têm isso em estoque”, assegurou Márcia.

Contratações emergenciais

A secretária revelou ainda que, em caso de epidemia do coronavírus em São José do Rio Pardo, a Prefeitura estuda uma forma de contratar emergencialmente médicos, enfermeiros e técnicos. “Hoje (dia 13) estou indo lá no Jurídico da Prefeitura para já deixar isso acertado e, caso haja necessidade, não tenhamos a burocracia que atualmente tem”, explicou.

Materiais de prevenção

Ainda segundo Márcia Biegas, a Vigilância Epidemiológica, a Santa Casa e a Regional de Saúde estão vendo materiais de prevenção. “Segunda-feira, dia 16, nós apresentaremos este projeto ao dr. Marcelo Galotti, que é nosso médico de referência. Aprovando, iremos já providenciar os banners, orientações nas escolas, no comércio e em todos os lugares possíveis. Então, na semana que vem este projeto já estará em andamento”.

Creches e escolas municipais vão ficar atentas aos alunos

A Secretária Municipal de Educação descarta, neste momento, o cancelamento de aulas nas 11 escolas e 8 creches municipais sob sua responsabilidade. Os 3.600 alunos e os 600 funcionários envolvidos continuam, por enquanto, com atividade normais, mas agora seguindo ações preventivas, decididas esta semana.

Kátia Luzia Ferreira Gomes de Alencar, a secretária da pasta, disse ao jornal nesta sexta-feira, 13, que uma circular estava sendo encaminhada a cada instituição municipal de ensino, para orientar diretores e funcionários acerca de alunos com tosse ou sintomas suspeitos de alguma virose. Neste caso, as mães serão solicitadas a não levá-las à creche ou escola.

Além da circular, cartazes estão sendo fixados nos prédios e fora deles, com orientações básicas como lavagem constante de mãos, braços e cotovelos. Um vídeo educativo deverá ser apresentado às crianças para reforçar esses cuidados.

A secretária informou ainda que, embora a Secretaria Municipal de Educação tenha autonomia para decidir o que fazer, a norma posta em prática tem sido a de seguir as orientações passadas pela Secretaria Estadual de Educação aos órgãos regionais do setor. “Eventos como palestras, por exemplo, para mais de 100 pessoas estão suspensos. Se programarmos algum encontro com professores e mães de alunos numa sala com 60 pessoas, aproximadamente, não haverá problema”, concluiu.

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