terça-feira , 26 novembro 2024
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eservatório de usina em Caconde opera com baixa capacidade (Foto: Reginaldo dos Santos / EPTV)

Represa de Caconde entra no período de estiagem com 50% da sua capacidade

Represa de Caconde entra no período de estiagem com 50% da sua capacidade

Reservatório de usina em Caconde opera com baixa capacidade (Foto: Reginaldo dos Santos / EPTV)

Segunde reportagem veiculada no site G1, entre os meses de março e abril, o nível do reservatório da represa de Caconde subiu 14,43 pontos percentuais, atingindo 49,43%, de acordo com o Sistema de Acompanhamento de Reservatórios (SAR) da Agência Nacional de Águas (ANA).

Mas esse aumento ainda é insuficiente para passar o período de inverno que é de poucas chuvas, segundo a Associação de Proteção Ambiental de Caconde (APAC).

“A tendência é esvaziar novamente. Esteve a 15% da capacidade, recuperou até 50% e já baixou novamente para 49%. A nossa preocupação é a entrada do período de seca, que não vamos ter chuvas torrenciais para voltar ao normal”, afirmou o presidente da APAC, Carlos Henrique Brockelmann.

Ele disse que se a concessionária AES, que controla a hidrelétrica de Caconde, tivesse diminuído a vazão das comportas conforme determinação da ANA, o nível da represa estaria mais alto.

Em fevereiro, a ANA autorizou a redução da descarga mínima do reservatório de 32 m³/s para 10 m³/s até 30 de abril para a represa ganhar volume. Na época, o nível da represa era menor de 32% (veja quadro abaixo), menor que o nível da grande seca de 2014, em que a capacidade chegou 34,7%.

Mas a AES a redução da vazão ocorreu apenas entre 23 e 30 de abril – apenas 8 dos 64 dias autorizados.
“Se a AES tivesse cumprido a resolução que entrou em vigor em 26 de fevereiro, a represa estaria nos níveis normais dela de 90% ou até mais porque estava chovendo nas cabeceiras”, afirmou Brockelmann.

 

Impacto

A preocupação não é somente dos órgãos ambientais. Além de gerar energia, a represa movimenta a economia de Caconde por meio do turismo, pesca e criação de peixes.

A represa estava com 38,9% da capacidade de água, menos da metade, considerado normal para março, época de chuvas em Caconde (SP) (Foto: Reprodução/EPTV) A represa estava com 38,9% da capacidade de água, menos da metade, considerado normal para março, época de chuvas em Caconde (SP)

A represa estava com 38,9% da capacidade de água, menos da metade, considerado normal para março, época de chuvas em Caconde (SP) (Foto: Reprodução/EPTV)
“Nós temos a parte de turismo da piscicultura, das pessoas que utilizam o lago mesmo na época inverno, além disso, essa agua vai para os municípios abaixo, como São José do Rio Pardo que já foi afetada com a qualidade da água em novembro e dezembro. A preocupação nossa não é só com o nosso município, mas com os municípios abaixo também”, afirmou o presidente da APAC.
A AES Tietê disse que, conforme a resolução e após receber as devidas autorizações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou em 23 de abril a redução da vazão.

A ANA informou que, no período de vigência da resolução, a Usina de Caconde liberou entre 11m³/s e 34m³/s, portanto dentro do piso estabelecido. Disse ainda que não há informações acerca de novas reduções nos próximos meses.

Fonte- https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/represa-de-caconde-entra-no-periodo-de-estiagem-com-50-da-sua-capacidade.ghtml

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