Prefeito diz que ação ajuda as pessoas no pós-pandemia e contribuirá com a economia da cidade
O prefeito de Mococa, Eduardo Barison, apresentou na quinta-feira (19) o Programa “Transporte para Todos”, cujo objetivo é tornar o transporte coletivo gratuito para a população. Segundo a iniciativa, a Prefeitura assume integralmente a gestão do serviço ao invés de dar concessão a terceiros.
A iniciativa de isentar a população da tarifa do transporte coletivo é inédita na região. Apenas a pequena Arceburgo, no lado mineiro, implementou medida semelhante há alguns anos, contudo, para poucos passageiros já que o município tem pouco mais de 10 mil habitantes.
Nos últimos anos, Mococa teve sucessivos problemas com o setor, em meio a formalizações e rompimentos de contratos emergenciais com empresas privadas. Segundo levantamento do município, os custos com possíveis subsídios através de um contrato de concessão seriam suficientes para custear as despesas com a locação de veículos que serão utilizados no transporte coletivo, tendo a plena gestão da Prefeitura.
“Essa ação está em conformidade, inclusive, com a Agenda 2030 da ONU, que compromete a expansão e a melhoria dos sistemas públicos de transporte, com atenção especial às necessidades das pessoas mais vulneráveis”, diz o prefeito Eduardo Barison.
De acordo com as informações do município, de março a junho desse ano, a média mensal de passageiros transportados pelo transporte coletivo foi inferior a 8 (oito) mil passageiros. Desse total, quase a metade dos usuários são oriundos dos Distritos de Igaraí e São Benedito das Areias.
O prefeito diz que, diante do cenário econômico atual, a gratuidade é um benefício que ajuda os cidadãos com economia no transporte, dinheiro que pode ser revertido na economia do município. Ele diz ainda também que a medida pode trazer impactos positivos no aspecto ambiental pois permite a diminuição do transporte motorizado individual.
Falando à Gazeta do Rio Pardo nesta sexta-feira, Barison explicou: “Aqui nós já temos um custo mensal com o transporte de mais ou menos R$ 100 mil, o que inclui gratuidade para idosos e pessoas especiais, servidores e o contrato emergencial com a empresa. Vamos pegar esse custo, adicionar mais algum valor e manter o serviço gratuito”.
De acordo com Barison, a maior parte dos usuários do serviço são moradores dos distritos de Igaraí, São Benedito das Areias e bairros Cohab II e Santa Rosa. “São trabalhadores que gastam de 120 a 140 reais por mês. Pensando na pós-pandemia, esse dinheiro fará falta a estas pessoas. Além disso, elas podem empregar esse dinheiro na economia da cidade. É uma ação de interesse social”, completou.
Caso aprovado pela Câmara nas próximas semanas, a expectativa do prefeito é de implantar o Programa “Transporte para todos” na primeira quinzena de setembro.