“Perda de arrecadação tem que ser compensada”, diz ministro da Fazenda
Segundo a matéria publicada no G1, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta segunda-feira (28) que o governo pode subir tributos para compensar a redução no valor do diesel que foi anunciada com o objetivo de pôr fim à greve que chega ao oitavo dia. O presidente Michel Temer anunciou no domingo desconto de R$ 0,46 por litro de diesel por um período de 2 meses. E para chegar a esse valo o governo terá que bancar com dinheiro público a manutenção de um desconto de 10% no preço do diesel que havia sido anunciado pela Petrobras; e zerar as alíquotas da Cide e do PIS-Cofins que incidem sobre o combustível.
Guardia ainda afirmou que os recursos para fazer frente a esses gastos já estão previstos no orçamento. Entretanto, a perda de arrecadação com o corte da Cide e do PIS-Cofins pode ser compensada com o aumento de outros tributos. De acordo com o ministro a compensação é exigida por lei, e o governo não decidiu quais tributos vão subir.
Segundo ele, isso acontecerá somente após a aprovação pelo Congresso do projeto da reoneração da folha de pagamentos, que restabelece a cobrança de impostos previdenciários de alguns setores que haviam sido beneficiados a desoneração.
Três entidades de caminhoneiros ouvidas pelo G1 nesta segunda-feira (28) dizem que aceitam a proposta feita pelo governo para encerrar a greve que já dura 8 dias. Elas afirmam que estão comunicando os grevistas sobre o fim do movimento.
Outras entidades e lideranças, como a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e o Sindicato Interestadual dos Caminhoneiros Autônomos, não tratam a paralisação como encerrada. Ainda há protestos pelo país.
Neste domingo (27), o presidente Michel Temer anunciou a redução de R$ 0,46 no litro do diesel por 60 dias, o estabelecimento de uma tabela mínima dos fretes e a isenção da cobrança de pedágio para eixo suspenso de caminhões vazios, em rodovias federais, estaduais e municipais.