Último registro de animal infectado pela variante canina da doença ocorreu em 1998
A Secretaria de Saúde do Estado destacou nesta semana que São Paulo atinge a marca de 25 anos sem registrar casos de raiva humana causada pela variante canina do vírus. O órgão ressalta ainda que distribui a vacina antirrábica para que os municípios realizem a imunização de forma permanente nos pets, por meio do Programa Estadual de Vigilância e Controle da Raiva.
Os pets devem ser vacinados anualmente e a imunização acontece ao longo de todo o ano nos serviços de saúde municipais ou em estabelecimentos médico-veterinários particulares.
A raiva é uma doença infecciosa que não tem cura e pode ser fatal. Mesmo sem registros de casos pela variante canina, o vírus continua circulando por meio de morcegos e manter cães e gatos imunizados garante também a segurança da população.
Além da vacinação dos animais domésticos, os responsáveis pelos pets devem ficar atentos ao contato dos bichos com morcegos.
O último registro de animal infectado pela variante canina da doença ocorreu em 1998 e, desde então, todos os casos humanos e de cães e gatos registrados no Estado foram causados por variantes de morcegos.
Cuidados
Ao vacinar o animal, o proprietário estará também prevenindo a doença retorne à população, uma vez que o bicho pode ter contato com morcego e, eventualmente, se infectar pelo vírus e transmiti-lo ao ser humano ou a outro animal. É importante também que os tutores evitem que cães e gatos entrem em contato direto com qualquer morcego, vivo ou morto.
“Nos últimos anos, o foco de transmissão passou a ser outro. O último caso em animais com a variante canina foi registrado em 1998, mas o vírus ainda circula nos morcegos”, explica a diretora do Instituto Pasteur, Andréa de Cassia Rodrigues da Silva. A especialista destaca que os morcegos não devem ser considerados vilões da doença. A orientação é que não se tenha contato com eles, que são animais silvestres protegidos por lei e muito importantes para o meio ambiente porque agem na polinização de flores, dispersão de sementes, controle da população de insetos.
Agendamento na Zoonoses
De acordo com a médica veterinária, Bruna Maria Ribeiro Cabrera, do Centro de Controle de Zoonoses de São José do Rio Pardo, a vacinação para os pets da população acontece por meio de agendamento.
“Recebemos mensalmente as doses de vacina antirrábica, que é feita em caráter de rotina conforme recomendação do Estado”, explica.
Ela diz que as vacinas são aplicadas às terças e quartas-feiras das 8h00 às 11h00, no Centro de Controle de Zoonoses, localizado junto ao Centro de Saúde Municipal (Rua Adolfo Bacci, 50). Conforme informado no site da Prefeitura, os telefones da unidade são 3682-9922 e 3682-9330.