sexta-feira , 4 julho 2025
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Uanderson Resende é responsável pelo serviço de oncologia do município (Foto Gazeta)

Oncologia atende 25 pacientes por dia

Número de pessoas cadastradas em tratamento passou de 150 para 350 em apenas três anos

Uanderson Resende é responsável pelo serviço de oncologia do município (Foto Gazeta)
Uanderson Resende é responsável pelo serviço de oncologia do município (Foto Gazeta)

Desde sua criação há sete anos, o Departamento de Oncologia e Quimioterapia “Major Brigadeiro Luiz da Gama Monteiro”, de São José do Rio Pardo, registrou crescimento no número de pacientes neste período. “Quando cheguei aqui eram 150 pacientes cadastrados em tratamento e hoje estamos chegando a 350”, informa o médico oncologista Uanderson Resende, que há três anos é responsável pelo serviço que é oferecido pela Prefeitura Municipal, em parceria com a Unicamp.

“Estamos com um volume de serviço aqui monstruoso. Atendemos em média cinco casos novos, 20 atendimentos de pacientes e mais 12 sessões de quimioterapia. O serviço era pequeno e o atendimento restrito a alguns tipos de tumores, mas agora isso aqui virou um serviço diário muito extenso. E os pacientes vão chegando”, diz.

O serviço de quimioterapia (parte oncológica) propriamente dito é realizado apenas uma vez por semana, nos demais dias são feitos os atendimentos nas áreas de fisioterapia, nutrição, psicologia e enfermagem. “Esses pacientes são acolhidos aqui e se sentem seguros, fazem exames e posso garantir que têm um nível de atendimento de primeiro mundo. Estamos muito à frente, entretanto, agora tem ficado complicado fazer o atendimento desses pacientes durante o período estabelecido. Vamos ter que em algum momento nos reunir com a Prefeitura e discutir de novo aquela velha história de repensar isso aqui para um segundo dia. Tem sido uma corrida tremenda para atender esses pacientes”, diz o médico.

Uanderson cita como exemplo o serviço que é oferecido em São João da Boa Vista, e do qual ele também faz parte. “Lá em São João temos 15 pacientes por dia para cada médico, aqui eu atendo 25 pacientes por dia. Temos aqui o apoio da Prefeitura, sabemos que a situação do país está complicada, mas em nenhum momento a Prefeitura foi desleixada com o serviço. Pelo contrário, sempre procurou dar todo o apoio.”

 

Novos casos

O Departamento de Oncologia local tem registrado, também, um crescente aumento no número de novos casos de câncer na cidade. Na semana retrasada, por exemplo, foram quatro casos novos e mais cinco na semana passada. Para Uanderson Resende, são vários os fatores que podem estar contribuindo para este crescimento. “Primeiro a assistência do serviço, que tem um índice de resolutividade de praticamente 100% e de forma rápida.”

Outro fator, segundo o médico, seria a entrada de pacientes de outras cidades. “Suspeita-se que pacientes de outros municípios devam ter conseguido entrar por declaração de endereço. Outra coisa é que estamos numa situação nacional de dificuldades financeiras, com redução de verbas estaduais e federais e que estão impossibilitando vários serviços de ter uma resolutividade grande, então parte desses pacientes que não conseguem outros locais acabam vindo para cá.”

Apesar disso, segundo ele, a mortalidade registrada é baixa: de cada 20, apenas um morre durante o tratamento.

 

Incidência

O oncologista informa que os cânceres de mais incidência no município são próstata e mama, intestino (que é predominante no tratamento), pulmão, cabeça e pescoço, rim e outros.

Segundo ele, o departamento local não realiza cirurgias oncológicas. “Mas se algum cirurgião operar o paciente diante da sua demanda e confirmar o tumor, nós recebemos o paciente sem problema nenhum. Não temos um cirurgião oncológico em São José do Rio Pardo, o que temos são colegas ajudando dentro da alçada deles. Apesar de não haver impeditivos administrativos ou legais para realizar cirurgias, não há estrutura preparada para isso.”

O serviço também não faz atendimento pediátrico e nem de tumores hematológicos. “Temos na região o Boldrini, que é uma porta aberta como nós e atende todas as crianças que precisam. Não fazemos atendimentos de tumores hematológicos, porque não foi pactuado com a Unicamp no momento do contrato inicial.”

Fonte: Gazeta do Rio Pardo

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