Kit de irrigação é apresentado e pacientes que o queiram podem utilizá-lo em São José do Rio Pardo
Na penúltima quarta-feira, 26, houve uma palestra no auditório da Santa Casa de São José do Rio Pardo para apresentar ao público presente o novo método de irrigação a quem utiliza a bolsa de colostomia. As explicações foram feitas pela psicóloga Ana Amélia Junqueira Capuano, da Quimioterapia rio-pardense, e pela enfermeira sanjoanense Renata Regina da Silva.
Ana Amélia diz que o novo método ainda não é aplicado em São José do Rio Pardo e, por isso, além da palestra, foram também apresentados os novos materiais usados no procedimento. Explicou que haverá treinamento a quem quiser utilizar o método, até porque, segundo admitiu, tudo o que é novo provoca certa rejeição no início.
Durante a palestra houve a exibição de um vídeo mostrando como funciona esse novo método. Pessoas presentes ao evento e que usam a bolsa de colostomia demonstraram receio diante do que viram, o que não surpreendeu a psicóloga. “Tudo o que é novo assusta e a gente já esperava a reação deles. Conseguimos, porém, tranquilizá-los e dizer que não é tão difícil quanto o vídeo mostrou. Aos poucos irão pensar em casa e já houve interesse de alguns, principalmente dos mais novos.”
Ela assegura que a eficiência de um equipamento para outro é a mesma. A diferença, porém, do método de irrigação para o tradicional é que o paciente não ficará mais com a bolsa colada 24 horas ao corpo, nem realizará três limpezas diárias. No novo método a pessoa faz a higienização pela manhã, com irrigação, e depois fica o resto do dia sem a bolsa. No lugar desta é colocado um tampão, permitindo que o usuário leve uma vida normal.
Ana Amélia afirmou que o kit do novo método é fornecido pela Divisão Regional de Saúde (DRS) de São João da Boa Vista, sendo distribuído em São José no setor de Oncologia do hospital São Vicente. Para usar, porém, o kit é preciso um treinamento de três dias, com os interessados podendo agendar isso junto a equipe profissional que atua neste setor do hospital.
Renata Regina da Silva explicou que a irrigação proporcionada pelo novo método é semelhante à lavagem intestinal. A primeira aplicação, segundo disse, é sempre feita pela enfermeira, mas as duas seguintes, pelo próprio paciente, com supervisão da enfermeira. As aplicações subsequentes serão efetuadas pelo paciente, sem intervenção profissional, mas tudo sob orientação médica.
Redação: Gazeta do Rio Pardo