terça-feira , 26 novembro 2024
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Folharini fala sobre fiscalização de trânsito pela Guarda Civil Municipal

“Gastamos o pouco que temos para comprar placas, colocar nas vias. Aí a pessoa chega e desrespeita”, diz secretário

O secretário de segurança e trânsito, Fernando Folharini, concedeu uma entrevista à Gazeta e falou sobre a futura atuação da GCM na fiscalização de trânsito no município.

“A Guarda Civil Municipal fez o curso, agora temos que esperar os procedimentos legais, como recebimento dos certificados, além de outros procedimentos para que depois ela possa começar a atuar na fiscalização do trânsito. Eu entendo que isso possa levar um pouco mais de dois meses. Mas com toda certeza quando estiver tudo regulamentado, e estivermos prontos para atuar, nós estaremos avisando a imprensa para nortear as pessoas. Por enquanto fizemos algumas operações mais educativas, focando no esclarecimento do condutor de veículos, do habilitado. As vezes a gente encontra pessoas que aprenderam, mas esqueceram sobre coisas básicas que acontecem e são consideradas infrações de trânsito. Então são pontos que as pessoas precisam começar a entender, para não causar transtornos pela cidade”, relata Folharini.

PM

O curso capacitou a GCM para autuar. Apesar disso a polícia militar também  continua com essa função.  “Na verdade, você tem a pm, a guarda municipal e agentes de trânsito. Tem cidades da nossa região que fizeram concursos para contratar funcionários que fossem trabalhar como agentes de trânsito. Nós, obviamente dentro da nossa realidade financeira, já temos a guarda. Então não precisamos fazer um concurso para isso, já que eles tem um amparo legal para trabalhar. Só que para a GCM atuar nessa fiscalização ela precisava ter o curso, que conseguimos com o prefeito quando apresentamos a ideia para ele. A PM vai continuar autuando normalmente, porque existe um convênio deles com a Prefeitura Municipal. É um convênio antigo que é renovado a cada dois anos se não me engano. Com isso eles podem fazer as autuações municipais, caso contrário só poderiam fazer as estaduais. A única diferença é que agora teremos os guardas municipais que também estarão fiscalizando”, prossegue.

Processo

“Vamos ter que fazer a portaria a partir do momento que recebermos os certificados. Precisaremos faze-las nomeando aqueles agentes, ou no caso, os guardas que fizeram o curso, e a partir de então eles poderão estar autuando no trânsito. Mas não é porque eles estão habilitados para multar, que já vamos coloca-los nas vias públicas para fazer isso. Vamos fazer um trabalho de informação antes, eles estarão por uma ou duas semanas norteando as pessoas. Como já havíamos feito. Fizemos os panfletos, distribuímos em vários setores, e a partir da portaria da nomeação desses agentes, aí sim eles estarão aptos para a fiscalização.

“Indústria de Multa”

Segundo o secretário, não resta outra alternativa a não ser fiscalizar. “É obvio que temos o padrão de ensinar e educar, mas como vamos educar um condutor de veículo, que desliga o alerta do cinto de segurança, que manda desligar nas auto elétricas para não ficar apitando quando ele não põe o cinto? A lei já diz que andar sem o cinto é errado, como você vai educar essa pessoa? Não tem como. O código já tem 21 anos, não dois ou três meses. Muitas pessoas falam que nós vamos criar a indústria da multa. Para uma indústria funcionar, ela precisa de matéria prima. Se não tiver essa matéria prima, ela para. Então não permitam que essa indústria funcione. Basta as pessoas respeitarem as sinalizações que estão nas vias. A gente gasta o pouco que tem de dinheiro para comprar as placas, colocar nas vias. Aí a pessoa chega e desrespeita, nos fornece a matéria prima. Quem faz isso geralmente são os atrasados, os apressados, os folgados que são os piores e os imprudentes. Eles que vão nos fornecer. A GCM não vai estar nas ruas correndo atrás de ninguém não, fiquem tranquilos. Nem precisa, pelas pesquisas que já fizeram aqui, o índice de infração no trânsito é altíssimo. Os guardas vão ficar parados na esquina fazendo uma multa atrás da outra até que essas pessoas aprendam a se comportar. As placas são todas pensadas, que estão nas vias. Se é vaga de idoso, é apenas para o idoso usar. Estamos aqui para tentar organizar a cidade”, encerra Folharini.

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