Alguns produtores iniciarão a colheita na próxima semana, diz Rodrigo Vieira
A cebola bulbinho que está chegando aos barracões de São José do Rio Pardo e depois aos supermercados locais está com preço médio, na roça, de R$ 90 o saco de 50 quilos (ou R$ 1,80 o quilo, aproximadamente). E, dentro de uma semana, alguns produtores da cebola tradicional de São José começarão a colheita. As informações são de Rodrigo Vieira de Moraes, zootecnista da CATI.
Segundo ele, que consultou profissionais que dão assistência técnica a produtores de toda esta região, apenas o município de Divinolândia está colhendo agora e a variedade é a bulbinho. A qualidade e a produtividade, no entanto, não são boas.
“Esta baixa produtividade e baixa qualidade dos bulbos são decorrentes da alta temperatura e das chuvas que aconteceram nos meses anteriores”, explicou Rodrigo, informando, no entanto, que aos poucos isto tende a mudar.
A colheita dessa cebola bulbinho já atingiu 70% da safra em Divinolândia, com produtividade de 40 toneladas por hectare. “Eles vão acelerar essa colheita em Divinolândia e colher tudo até o início de julho”, previu. “Isso porque estamos passando por um período de aumento no preço da cebola”.
Safra rio-pardense
O zootecnista confirmou também que, por conta dessa elevação no preço, dentro de uma semana alguns produtores tradicionais de São José do Rio Pardo darão início à colheita. “O mercado está vazio (de cebola), mas esse início de safra no município e na região será bem baixo, prorrogando isso até meados de agosto. O grosso da cebola mesmo irá acontecer a partir do dia 15 de agosto”.
Ele acredita que essa cebola inicial também terá baixa produtividade no município, só melhorando em meados de agosto. “Mesmo assim a oferta estará baixa. A gente já está tendo a informação de que a cebola do Nordeste não irá competir com a cebola desta região e, com isso, a tendência do mercado é ficar vazio até o final da colheita da cebola em São José do Rio Pardo e região”.
Rodrigo conta ainda que, com tudo isso, a expectativa é de que a média de preços fique entre R$ 30 e R$ 40 por saco, valores que alguns produtores acreditam ser bom por pagar os custos e ganhar algum dinheiro.
