Apesar dos meus 88, estou inscrita na JMJ.
Sobre ela, vou transcrever aqui a matéria que recebi.
A JMJ é, simultaneamente, uma peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da Igreja universal e um momento forte de evangelização do mundo juvenil.
Apresenta-se como um convite a uma geração determinada em construir um mundo mais justo e solidário.
Com uma identidade claramente católica, é aberta a todos, quer estejam mais próximos ou mais distantes da Igreja. Acontece todos os anos a nível diocesano, até agora à altura do Domingo de Ramos e a partir de 2021 no Domingo de Cristo Rei.
A cada dois, três ou quatro anos ocorre como um encontro internacional, numa cidade escolhida pelo Papa, sempre com a sua presença. Reúne milhares de jovens para celebrar a fé e a sua pertença à Igreja.
Desde a primeira edição, que se realizou na cidade de Roma em 1986, a Jornada Mundial da Juventude tem se evidenciado como um laboratório de fé, um lugar de nascimento de vocações ao matrimônio e à vida Consagrada e um instrumento de evangelização e transformação da Igreja.
Ao longo de uma semana, os jovens provenientes de todo mundo são acolhidos, na sua maioria, em instalações públicas, (ginásios, escolas, pavilhões…) e paróquias ou em casas de famílias.
Além dos momentos de oração, partilha e lazer, os jovens inscritos participam de várias iniciativas organizadas pela equipe da JMJ, em diferentes locais da cidade que os acolhe.
Os pontos altos são as celebrações (atos centrais) que contam com a presença do Papa, tais como a cerimônia de acolhimento e abertura, a via-sacra, a vigília e, no último dia, a missa do envio.
Há quem lhe chame a mais bela invenção de João Paulo II. Em 1984, o Papa quis organizar um encontro no Domingo de Ramos, em Roma, para celebrar o Jubileu dos jovens inserido no Ano Santo da Redenção 1983-1984. Esperavam-se 60 mil peregrinos. Acorreram 250 mil de muitos países.
A experiência foi de tal modo significativa para toda Igreja, que o Papa resolveu repeti-la no ano seguinte. Nesse encontro, 300 mil jovens repartiram-se entre as igrejas da cidade para momentos de oração e catequese, reunindo-se, depois, na praça de São Pedro para participar da celebração com o Papa. Ainda neste ano de 1985, João Paulo II escreve uma Carta Apostólica aos jovens do mundo inteiro e anuncia, a 20 de dezembro, a instituição da Jornada Mundial da Juventude.
Dirigindo-se ao Colégio Cardinalício e à Cúria Romana, o Papa explicava assim a criação da JMJ:
“Todos os jovens devem sentir-se acompanhados pela Igreja: é por isso que toda a Igreja, em união com o sucessor de Pedro, se sente mais comprometida, a nível mundial, a favor da juventude, das suas preocupações e pedidos, a sua abertura e esperanças, para corresponder à suas aspirações, comunicando a certeza de que é Cristo, a Verdade que é Cristo, o amor que é Cristo, através de uma formação apropriada.” (Cópia de um texto que recebi do Pe. Rogério, da comunidade Deus Proverá).
Cada Jornada tem um tema; o desta de Lisboa, que é a décima sexta, e acontecerá na próxima semana, é: “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39).
Tive a alegria de participar também da do Rio de Janeiro: “Ide, e fazei discípulos entre todas as nações” ((Mt, 28, 19), e da do Panamá, “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a Tua palavra” (Lc 1, 38)
Nos meses que antecedem a JMJ, os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem. Os mais importantes são a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani.
Se a vontade de Deus for esta, vou passar esta noite em um avião, voando para Lisboa a fim de participar da JMJ.
Esperamos chegar pela manhã em Lisboa, considerando que o voo noturno é um descanso. Passaremos o dia conhecendo um pouco a cidade e seguiremos para Fátima, onde permaneceremos por duas noites. Fico feliz por estar lá, rezar, rever os lugares que já conheço, recordar toda história…
No dia 1º, bem cedo, partiremos para Lisboa.
Durante estes próximos dias quero rezar muito; você também estará no meu coração e nas minhas orações; quero amar, conviver, ouvir, aprender… Que Deus abençoe a todos nós!