Rota fortalece desenvolvimento econômico com pequenos negócios, entre pousadas, lanchonetes, cafés e restaurantes
Caro leitor!
Na última quarta-feira, 8 de julho, a “Turma do Saci” se juntou novamente para a peregrinação anual pelo Caminho da Fé. Saímos às 4h00 da manhã gelada e percorremos 142 quilômetros até a cidade de Ouro Fino (MG). Depois percorremos mais 238 km até Aparecida, divididos em outros quatro dias.
Essa peregrinação foi programada para ser feita em cinco dias, sendo que no último seriam percorrido apenas 35 quilômetros, para dar tempo de chegar ainda na parte da manhã e assim participar da Santa Missa.
Foram cinco dias de convivência com quinze pessoas que já se conhecem há algum tempo. Dias de superação. Digo isso porque realmente é muito difícil superar a Serra da Mantiqueira com todas as suas subidas e descidas muito íngremes, sem contar o frio constante, com temperaturas abaixo de cinco graus, nos períodos da manhã e noite, principalmente perto de Campos do Jordão. Conforme fomos entrando pela Mantiqueira afora, as dificuldades foram aumentando, distâncias percorridas diminuíram, mas o frio aumentava.
Participaram dessa peregrinação os amigos rio-pardenses: Francisco José Rueda, Luciano Rosseto, Paulo Gomes, Carlos Guagliotto, Henri Polississo, Dieli Dalbon, José Feltran e Marcos Modesto. De Poços de Caldas: Marcelo Trevisan, Paulo Tavares, Rangel Adriano Gilioli, Simone Venâncio Martins, Rodrigo Lellis Barbosa e, de Mococa, o nosso apoio, mecânico, guru, churrasqueiro e etc., Germano Quilici.
O Caminho da Fé tem 380 quilômetros e 10.000 (dez mil metros de ganho de elevação). Para ter uma ideia do que isto significa, o Monte Everest tem 8.849 metros de ganho de elevação. A maior elevação da nossa rota é 1.965 metros, no alto da Santa Maria da Serra, bairro Gomeral, no município de Guaratinguetá (SP).
No ano de 2002 foi quando fiz pela primeira vez o Caminho da Fé. De lá para hoje muita coisa mudou, o Caminho se fortaleceu, houve um desenvolvimento principalmente financeiro, pequenos negócios se firmaram, como pousadas, lanchonetes, cafés e restaurantes. Houve investimentos por parte das prefeituras e governos estaduais e federal. As estradas e infraestrutura melhoraram, mas o principal foi a consciência das pessoas dos municípios, que entenderam a importância dos peregrinos e os tratam muito bem.
A experiência de fazer a peregrinação é a cada ano diferente. Sempre há uma lição nova, de autoconhecimento. A volta é diferente para casa. A gente volta fortalecido e com a fé renovada. Nesses dias em que ficamos longe da família aumenta a certeza da importância e valorização dela.
Aos amigos e companheiros de peregrinação, deixo o meu muito obrigado e a certeza de cada um foi escolhido por Deus para fazermos juntos esta experiência de convivência, além da certeza de que foi uma das melhores peregrinações que já fiz. Que o sonho de fazermos juntos o Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, se realize e que o nosso bolão da Mega Sena nos deixe ricos KKKk!
Forte abraço!