Federação que representa o segmento destaca que a colheita da cana também contribui para queda no preço do etanol
A chegada de um novo grupo comercial no ramo de postos de combustíveis na cidade estimulou a concorrência e isso tem feito bem ao bolso do consumidor. Alguns estabelecimento visitados durante a semana exibem preços menores do que algumas semanas, principalmente quanto ao etanol.
O produto, que semanas atrás passou da casa dos R$ 5 reais, sofreu uma diferença de preço para baixo, entretanto, nem tudo é a concorrência.
Em parte, a queda do etanol se explica por conta do início da colheita de cana-de-açúcar, que derrubou os preços do etanol nas usinas em São Paulo e outros estados, conforme destaca a Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis).
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas, no Estado de São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 2,75% na semana passada, o que justifica os preço do litro na bomba na casa dos R$ 4,86. Abaixo disso, sim, é o efeito da concorrência.
Apesar da competição entre postos no âmbito municipal, o que se percebe é que os estabelecimentos igualaram o preço do etanol. Nos locais visitados pela Gazeta na última quinta-feira, quase todos fixaram o valor de R$ 4,59 o litro do produto.
Por conta do percentual de mistura à gasolina, a queda no preço do etanol também impacta o da gasolina. E a concorrência neste sentido ajuda a derrubar os preços, em centavos nas bombas, conforme se nota na publicidade nos estabelecimentos.
Conforme os preços consultados, em todos os postos a diferença entre gasolina comum e etanol, ainda está próximo dos 70%, e neste caso, compensa usar o álcool.
Funcionários de postos são céticos quanto a possibilidade de queda de preços, motivadas pelas trocas no comando da Petrobrás. Um deles lembra que mesmo a pressão do Governo Federal pelo fim ou diminuição do ICMS incidente sobre os combustíveis é medida que não deve acontecer, uma vez que esta é uma das principais fontes de receitas dos estados e da União.
Mas, para os consumidores, num tempo de inflação, qualquer centavo a menos é um ganho, seja por decisão dos governos ou pela concorrência do mercado.
Confira algumas imagens dos preços praticados pelos postos na semana passada:



