Gazeta Do Rio Pardo

Reciclagem de lixo: ‘moeda verde’ poderá ser adotada também aqui

Repórter de TV mostra as ‘moedas verdes’ obtidas pelas coletoras de lixo em Santa Cruz da Esperança (Reprodução EPTV)

Projeto de Santa Cruz da Esperançafoi visitado esta semana por rio-pardenses

 Saber como funciona um projeto ambiental de reciclagem de lixo, que pode vir a ser implantado um dia em São José do Rio Pardo, foi o objetivo de uma visita feita por integrantes da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente à cidade de Santa Cruz da Esperança (SP) na segunda-feira (20).  A cidade tem pouco mais de 2.500 habitantes, está localizada entre Cajuru e Ribeirão Preto e o projeto foi tema de uma matéria da EPTV.

O diretor de Meio Ambiente, Paulo Sergio Rodrigues, e a professora Renata Vechini Dal Bon, chefe de sessão de Educação Ambiental e Interlocutora do Programa Município VerdeAzul, foram conhecer de perto  o projeto. Segundo eles, em Santa Cruz da Esperança a população recicla o plástico, papelão,garrafas pet vazias, latinhas e outros objetos,  que desde 2017 representam geração de renda.

Isso ocorre porque uma escola da cidade teve a iniciativa, em 2017, de elaborar esse projeto como forma de educação ambiental junto aos alunos. A ideia chegou ao conhecimento da atual administração municipal de lá, que o adotou. Assim, todo o material recolhido pelos moradores é vendido a empresas recicladoras e remunerado em “moeda verde”, o que possibilita a compra de mercadorias no comércio local.

De acordo com informações fornecidas pela secretária da saúde daquela cidade, Geovana Biaggi Moraes, cerca de 15% da população têm participado ativamente do projeto,  que desde sua implantação contribuiu para a redução de 25% do lixo enviado para o aterro sanitário. Ela assegura também que, com a iniciativa, praticamente zeraram os casos de dengue na cidade.

Lá, todos os produtos recolhidos são vendidos para recicladoras da região e os recursos angariados retornam ao comércio do município – uma forma de se pagar aquilo que foi comprado pela população com a “moeda verde”. As trocas do material reciclado pela “moeda verde” ocorreàs segundas-feiras, das 13 horas às 16 horas. “Todo o material é pesado na hora e o pagamento à população é feito no local”, assegura Geovana.

“É uma quantidade expressiva de lixo retirada das ruas e isso, com certeza, contribuirá com a diminuição de resíduos levados ao aterro sanitário e ainda gerará uma renda extra para a população”, disse o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de São José do Rio Pardo, Hélio Escudero, já antevendo a implantação do projeto no município, em um futuro não muito distante.