Gazeta Do Rio Pardo

Atiradores são levados às trincheiras da Tubaca

Atiradores durante o percurso até as trincheiras

Construções foram usadas pelos soldados para defender a cidade na Revolução de 32


O Tiro de Guerra 02-038 promoveu, na última quinta-feira (3), a marcha de 8 km, ocasião em que os atiradores, sob o comando do 1º Sargento Lenildo Pereira da Silva, se dirigiram à Fazenda Tubaca. Dentre as atividades do treinamento, puderam conhecer uma área da propriedade onde estão preservadas trincheiras utilizadas pelos soldados paulistas durante os confrontos na Revolução de 1932.

Já tradicional, a visita compõe os conteúdos escolares e de formação dos atiradores rio-pardenses, que tomam maior conhecimento sobre este período da história do Brasil, marcado pela luta que tinha por objetivo derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e convocar uma Assembleia Nacional Constituinte.

A área visitada confirma a presença dos soldados paulistas, posicionados para o ataque/defesa da cidade, em um ponto privilegiado nas terras da fazenda Tubaca, de ampla visão para a estrada de ferro e a estação. Além da parte principal, onde ficavam os soldados e os armamentos, há outras escavações que serviam de cozinha e de banheiro para os militares.
A atividade foi acompanhada pelo professor Marcos De Martini, responsável por apresentar o assunto aos atiradores e falar da participação rio-pardense no movimento, cujo desdobramento, uma nova Constituição, somente ocorreu em 1934.


História

Também chamada Guerra Paulista, a Revolução Constitucionalista se deu após a repressão a um protesto na capital em 23 de maio de 1932, que resultou na morte de três jovens, dando origem a um movimento clandestino intitulado MMDC, que lembravam os nomes de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo – os jovens mortos no conflito paulistano.
“Os confrontos armados começaram no dia 9 de julho/32 (hoje feriado em SP) com várias frentes de combates. Aqui em São José houve avanços e recuos de soldados na direção de Minas Gerais. Nossa cidade foi tomada pelos mineiros, causando grande temor na população”, ressaltou o professor De Martini, lembrando das muitas publicações feitas pelo historiador Rodolpho José Del Guerra, acerca da participação da cidade no movimento armado.

Na oportunidade, o sargento Lenildo também falou sobre a participação dos três pracinhas rio-pardenses que serviram à Força Expedicionário Brasileira, na Segunda Guerra Mundial