Gazeta Do Rio Pardo

Interior do Japão não está tão afetado pelo Covid-19, diz rio-pardense Marcos

Marcos Aguilar, à esquerda, falando pelo celular com o apresentador Ênio Fly

Ele mora com a esposa em Ota-shi, sede da Subaru, e trabalha em fábrica de autopeças, que está parada

O rio-pardense Marcos Aguilar (Markin) está morando no Japão, onde trabalha para uma empresa de autopeças que presta serviços para uma firma, que, por sua vez, envia peças para a montadora Subaru. A produção, porém, está parada por conta da Covid-19. A sede da Subaru fica na cidade em que ele mora, Ota-shi.

Marcos foi entrevistado por Ênio Fly (Rádio Cidade Livre FM) e a entrevista foi depois retransmitida pela rádio Difusora FM. Ele mora no Japão desde julho de 2017 com a esposa. A cidade de Ota-shi fica a 75 quilômetros de Tóquio.

Segundo ele, Ota-shi não está com situação grave em relação ao coronavírus, tendo sido confirmados, até a semana passada, apenas 10 casos. Na região em que Ota-shi está situada, eram 90 o total de casos oficiais do Covid-19.

“Não estamos nem na região do decreto japonês, que foi endereçado a seis regiões do país que devem guardar o estado de emergência”, confirmou. “A vida aqui está tranquila, com exceção de escola, que está fechada desde o final de fevereiro. Há os cuidados normais, como higiene de mãos com álcool em gel e uso máscara, embora esses itens estejam muito difíceis de encontrar e comprar”.

Colaboração

“O que ele (governo) estão pedindo é a colaboração da população porque, pós Segunda Guerra, eles colocaram algumas coisas em lei, como o governo não poder proibir o cidadão japonês de sair de casa. Esse estado de emergência que foi decretado terça-feira passada é basicamente para conseguir recursos, desapropriação se necessário, entre as coisas mais básicas. O governo está contando é com a colaboração da população”, prosseguiu.

Segundo Marcos Aguilar, talvez a maior preocupação do governo japonês a partir do surgimento dos primeiros casos de Covid-19 foi com as Olimpíadas. Isso porque o governo já havia feito um investimento financeiro considerável para o evento e ele adiou ao máximo a decisão de posterga-lo para 2021. Isso irritou vários países, como o Canadá, que ameaçou não participar dos Jogos. “Até o adiamento, o número de casos confirmados estava baixo. Após o adiamento, o número estourou, começaram a aparecer casos e não paravam mais de subir até chegar aonde chegou em Tóquio, com mais de 2 mil casos”, comentou.

Os japoneses se cuidam muito e Marcos conta que é bastante comum ver idosos em casa cidade caminhando e fazendo exercícios. “Eles também se alimentem bem, evitando fastfoods e preferindo alimentos naturais”, concluiu.