Gazeta Do Rio Pardo

Com transmissão remota, TG forma 49 atiradores

Atiradores do TG 02-038 ( fotografados antes da pandemia)

Por causa da pandemia, familiares assistiram a cerimônia via Facebook no final da tarde desta sexta-feira

Na sexta-feira, dia 27 de novembro, ocorreu a formatura dos atiradores do TG 02-038. A cerimônia começou às 18h00, na sede do Tiro de Guerra. Por conta da pandemia, o evento foi limitado apenas aos atiradores. Para amenizar a ausência dos pais e familiares nesse momento especial, a formatura foi transmitida ao vivo pelo Facebook do Tiro de Guerra. Ao todo, 49 atiradores participaram da cerimônia.

O sargento Lenildo Pereira da Silva, chefe de instrução, comentou o sentimento de formar sua primeira turma de atiradores desde que chegou em São José do Rio Pardo, e fez um balanço das situações que foram enfrentadas no ano de 2020.

“Esse ano foi bem atípico, tivemos que nos reinventar no que tange as instruções, nos lançar em caminhos desconhecidos, realizar novas descobertas. As instruções não foram prejudicadas, pude passar todas as disciplinas que são de cunho teórico de forma remota, através de plataformas de vídeo conferência. E mais próximo do final do ano, retomamos as nossas instruções presenciais, sempre tendo muito cuidado com os protocolos do Exército e vigilância sanitária do município, podendo assim, dar prosseguimento ao restante das instruções”, contou.

“Nesse percurso encontrei algumas barreiras, por exemplo: dificuldades em o atirador acessar a plataforma por motivos financeiros ou por desconhecimento do uso da plataforma, entre outros”, explicou.

“O balanço é extremamente positivo. Tenho plena convicção que os jovens estão saindo mais maduros, cientes das suas responsabilidades e dos seus direitos. Cidadãos muito melhores. Prova disso é que estamos com 90% dos atiradores empregados ou em processo de seleção. Agradeço às empresas Rioplastic, Nestlé e Guarda Mirim por escolher esses jovens, reforçando assim a credibilidade do trabalho do TG em formar cidadãos e ótimos profissionais, isso também valida a competência do atirador, fazendo com que ele se destaque entre os demais”, comentou o sargento.

Atiradores

Três atiradores conversaram com o jornal e deram seus depoimentos sobre a experiência de participar do Tiro de Guerra.

Igor Lemes Russo foi o primeiro a comentar sobre o aprendizado que adquiriu com sua participação.

“Foi um ano muito atípico não só para nós atiradores, mas para toda a população. O Tiro de Guerra é uma escola de civismo e cidadania, onde somos escolhidos, voluntários, ou não voluntários. Mas até mesmo os atiradores que não são voluntários, a partir do momento que começam a fazer o TG, mudam de ideia. O Tiro de Guerra não é como pensamos antes de entrar. Muitos acham que é uma coisa ruim, que vai atrapalhar a vida escolar, o trabalho, que vai atrasar nosso lado. Mas é ao contrário disso, ele ajuda na vida escolar, acabamos amadurecendo, nos tornamos outras pessoas. Ajuda muito também na vida profissional, porque criamos mais responsabilidade, disciplina em acordar cedo todos os dias por exemplo, pontualidade, aprendemos a ouvir, a trabalhar em grupo e a saber falar com outras pessoas. Tive que ficar um tempo em recuperação por conta de uma cirurgia, e acabei ficando uns três meses sem ir ao TG, isso acabou atrapalhando. Mas aprendi muitas coisas com tudo isso”, disse o atirador.

“Aprendemos muito sobre companheirismo, o sargento Lenildo mesmo, é um cara muito gentil. Eu tinha outra visão dele antes de entrar, achava que ele ia ser chato, turrão, mas não. Sempre quando precisamos de algo, ele nos ajuda. Se eu tivesse a oportunidade de fazer o TG de novo, faria. Foi algo maravilhoso para mim”, completou Igor.

Guilherme Alves Martins da Silva, atirador que foi o destaque do ano, também deixou seu depoimento ao jornal.

“Tive um grande aprendizado, tanto moral quanto cívico. Foi também um resgate do amor pela família e pela nossa pátria que levarei pelo resto de minha vida e que com certeza passarei aos meus filhos. Tive um ótimo sargento, o senhor Lenildo, que com sua grande formação, elevou eu e meus amigos a um nível maior de sabedoria, amor e integridade. Apenas saliento que as estruturas e investimento municipal para essa área, deveriam ser melhores observados, pois a formação de homens, com caráteres melhores, eleva a cultura e o desenvolvimento de nossa cidade”, constatou.

Por último, Willian Candido Bernardo Da Silva deixou sua satisfação em fazer parte do Tiro de Guerra.

“O TG mostra o caminho que os jovens devem seguir, o caminho da integridade, lealdade, honestidade. Por ser um ano muito atípico, fomos impedidos de realizar muitas atividades como os campos básicos, o campo do CFC (Curso de Formação de Cabos) entre outras atividades. Porém, foi uma experiência única, pois criamos amizades e reforçamos esses laços com as pessoas que já tínhamos. Gostaria de agradecer ao nosso chefe de instrução, o 1° sargento Lenildo Pereira da Silva, por passar todos esses ensinamentos que devemos colocar em prática perante a sociedade”, encerrou.