Gazeta Do Rio Pardo

Avaliado em R$ 30 milhões, Hospital da Unimed deverá ficar pronto em dezembro

Hospital Unimed

Previsão é do médico Edmilson Rocha de Souza, presidente da cooperativa médica em São José

O médico Edmilson Rocha de Souza é cirurgião geral, formado em medicina há 35 anos e reside em São José do Rio Pardo desde 1988. Ele faz parte do grupo de médicos que fundou, em 1991, a Unimed Rio Pardo, sendo o presidente da cooperativa médica rio-pardense desde 1992, quando ela se tornou autônoma. Dr. Edmilson foi entrevistado pela Difusora FM segunda-feira, dia 10, e assegurou: o hospital da Unimed em São José ficará pronto até dezembro.

Ele começou agradecendo a população de São José e da região (Tapiratiba, Caconde e Divinolândia, que fazem parte da área de atuação da cooperativa médica) pelo êxito da Unimed desde sua implantação no município e seu posterior crescimento e consolidação. A Unimed, segundo ele, emprega hoje cerca de 150 funcionários nos mais diversos setores de atendimento, prestando serviços em várias especialidades para cerca de 15 mil pessoas (entre titulares de planos de saúde e dependentes).

Início do projeto

Indagado por Luis Fernando Benedito, apresentador do Jornal do Meio Dia, sobre o hospital da Unimed, Edmilson afirmou: “Iniciamos o projeto dele em 2009, quando uma empresa especializada de São Paulo foi contratada para isso. A própria indicação do terreno foi feita por eles, que fizeram um projeto que atendia as nossas necessidades de 2009. Esse projeto foi tendo mudanças à medida em que a saúde mudava, as condições tecnológicas mudavam, além do crescimento da Unimed. Iniciamos a construção do hospital, de fato, em novembro de 2014 e, até o ano de 2019, construímos com recursos próprios, o que não é fácil porque as empresas de operação de planos de saúde têm hoje uma limitação muito grande de recursos”.

“Fomos depois buscar financiamento e acertamos com o banco Santander, que é nosso parceiro nesse empreendimento. Acreditamos que até dezembro deste ano a parte de construção termine. Mas uma coisa é construir, a outra coisa é funcionar. Para isso acreditamos que teremos aí um prazo adicional de até 5 meses, porque um hospital não é uma construção simples. Especialistas dizem que é a mais complexa que existe, pois envolve muitas normas e técnicas”, continuou.

Terreno e área construída

Segundo ele, o terreno do hospital da Unimed tem 38 mil metros quadrados, mas estarão sendo usados, inicialmente, 18 mil metros quadrados. A edificação toda ocupará uma área de cerca de 4.600 metros quadrados, mas ainda falta a sede administrativa. Nem todos os setores de atendimento irão para lá, já que a farmácia, o laboratório e a ótica permanecerão em prédios no centro da cidade.

“E além do nosso tomógrafo, estamos fazendo uma parceria com uma empresa da cidade para instalar um aparelho de ressonância magnética, que será o primeiro na nossa cidade. Isso deverá incrementar ainda mais recurso para o médico poder usar e benefício para os nossos clientes”, revelou Edmilson.


Edmilson Rocha de Souza, presidente da Unimed: hospital irá gerar mais empregos

Custará R$ 30 milhões

O presidente da Unimed foi também questionado sobre o custo desse hospital. “Foi feita uma estimativa inicial de R$ 25 milhões, mas ainda é possível ter que incorporar mais algumas tecnologias e esse valor chegará a até R$ 30 milhões. Será uma das nossas prioridades transformar esse hospital em duas referências: a do cuidado ou atendimento às pessoas e a de alta tecnologia. E tecnologia envolve não só equipamento, mas também conhecimento. Isso será a nossa referência regional, eu espero”.

Empregos serão gerados

Edmilson confirma que, quando o hospital estiver para funcionar, novos empregos serão gerados porque o quadro atual de funcionários não será suficiente para atender todas as áreas. E um detalhe importante foi mencionado na entrevista: o novo hospital atenderá não apenas pacientes da Unimed, mas também de todos os convênios médicos que atendem São José do Rio Pardo, além de particulares. Atendimento pelo SUS, segundo o médico, por enquanto está descartado porque exige normas e critérios diferenciados.

O hospital da Unimed deverá ser de média complexidade. Os casos que necessitarem de atendimentos de alta complexidade serão encaminhados para hospitais credenciados para isso, procedimento que já é feito pela cooperativa médica há anos.

Para o paciente Covid

A Unimed continua com uma área, dentro da ala da Oncologia, destinada ao chamado “paciente Covid”. “Lá temos um médico, um enfermeiro e paramédicos, todos preparados e treinados para dar esse atendimento ao cliente. Ou ele já é sintomático e sabe que precisa desse atendimento, ou se vai ainda ao Centro de Pronto Atendimento e é orientado a procurar essa área específica do Covid”, explicou Edmilson.

Sobre essa doença, o médico fez o seguinte comentário: “Ela assusta sim, pois é séria, haja vista o número de mortes pelo mundo inteiro. Atingiu a todos, independente de cor, raça ou condição socioeconômica. Todos nós estamos expostos a ela. Ainda que tenhamos uma perspectiva de uma vacina, que deverá sair, temos que fazer a nossa parte, que é nos cuidar. Não acredito em isolamento social do tipo lockdown ou fechamentos de cidades, mas sim em fazer o distanciamento, além do álcool em gel e uso máscara. É uma obrigação e uma responsabilidade de todos. E sair de casa somente para fazer aquilo que for realmente necessário”, concluiu.