Gazeta Do Rio Pardo

Trânsito fica ainda mais caótico no centro

Trânsito fica ainda mais caótico no centro

O que já era ruim ficou pior nestes dias, com aumento no número de carros

 

Se o trânsito no centro da cidade já era caótico antes desse período de festas, agora ficou pior. A agitação das pessoas nas últimas semanas, talvez em decorrência de receberem o décimo-terceiro salário e quererem gastá-lo à noite nas lojas, tem transformado as ruas Francisquinho Dias (especialmente), Francisco Glicério, Treze de Maio e Campos Salles, com as respectivas transversais, em um transtorno para os motoristas.

Por conta disso, Gazeta procurou novamente o secretário municipal de segurança e trânsito, José Fernando Folharini, para ver se há alguma solução em estudo. E a resposta dele, como da última vez em que foi entrevistado sobre o mesmo assunto, foi negativa. “Na verdade, não tem (solução). Eu não gostaria de falar isso, mas não tem”, lamentou.

 

Muitos veículos

Ele explicou que o comparativo de veículos com a população em São José do Rio Pardo é atualmente semelhante aos de Campinas e São Paulo. Ou seja: a cidade tem cerca de 55 mil habitantes e aproximadamente 40 mil veículos. E esse aumento do trânsito nas últimas semanas tem relação direta com o funcionamento noturno do comércio na região central, o que atrai muito mais carros e pessoas e congestiona ainda mais a cidade.

“Repito que não temos uma varinha de condão. Existem ideias, mas são ideias drásticas para a gente aplicar em São José. Sugerem-me fazer rodízio de carros de acordo com a placa do veículo, mas será adequado fazer isso aqui? Será que não temos condições de nos tornarmos mais humanos neste período natalino e aprendermos cidadania?”, indagou Folharini.

 

De mãos dadas

Ele sugere que se estacione o carro nos arredores do centro da cidade e não o leve em direção às ruas congestionadas, além de sair um pouco mais cedo para pegar lugar melhor. Sugere também que os casais segurem as mãos de seus cônjuges e filhos e passeiam pelo centro à pé, a fim de curtirem melhor as lojas e as atrações desta época festiva.

“Pare nas cercanias, viva este momento que é de encontro com Cristo, mas viva de mãos dadas passeando pelas calçadas, vendo as lojas. Não caia nesta de ‘vou dar uma voltinha de carro’ porque já está estressado, nervoso, não consegue sair do trânsito, o sinal fecha. Não tem como, gente!”.

 

Galeria aberta

Folharini lembra ainda que, para complicar, uma galeria antiga foi aberta na rua Campos Salles, esquina com Quintino Bocaiuva e próximo à dr. João Gabriel Ribeiro, para a realização de um serviço emergencial de conserto. A galeria, construída antigamente com tijolos, tinha dois metros de profundidade.

Por conta disso foi preciso interromper o trânsito no local, o que, nas palavras do secretário, “complicou ainda mais o meio de campo”. O trânsito foi desviado e gerou um caos total para os motoristas.

Outro fato lamentado pelo secretário foi o tamanho limitado das ruas centrais: antigas (mais de 150 anos), elas são muito estreitas se comparadas com as de outras cidades. Isso agrava o problema, razão pela qual passar por ali após as 18 horas é totalmente desaconselhável.

FOTOS

Manobrar ônibus ou transitar pela rua Francisquinho Dias está virando uma aventura

 

José Fernando Folharini descarta fazer rodízio de veículos conforme final de placa

 

 

 

BOX

Treinamento dos guardas  terá um módulo prático

O treinamento dos guardas civis municipais, iniciado em 1º de outubro e previsto para terminar em 19 de dezembro, terá um prolongamento. O secretário de segurança e trânsito José Fernando Folharini explica que o curso contratado inicialmente foi para três módulos, mas ficaria faltando o quarto, que seria o prático, de treinamento de tiro. E agora esse quarto módulo também foi contratado, mas só deverá ser efetuado na primeira ou segunda semana de janeiro, por causa dos feriados.