Gazeta Do Rio Pardo

Tragédia de Brumadinho- Corpo de Maria de Lourdes ainda não foi achado

Maria de Lourdes, à esquerda, com Adriano e familiares

E a imobiliária ARS será encerrada, mas uma outra está sendo aberta

Ainda não há qualquer informação oficial sobre os restos mortais de Maria de Lourdes, esposa do empresário Adriano Ribeiro da Silva, ambos falecidos na tragédia de Brumadinho (MG) no início deste ano, juntamente com Luis e Camila, filhos do empresário, e a noiva de Luis, Fernanda. Os corpos de todos, exceto de Maria de Lourdes, foram encontrados.

A ex-funcionária de Adriano, Maria Beatriz Martinelli Matias Duarte, disse nesta sexta-feira ao repórter Luis Fernando Benedito que a Imobiliária ARS terá suas atividades encerradas por conta de inventário. A empresa já havia sido oferecida a Maria Beatriz por uma irmã de Adriano, que é procuradora e representante da mãe do empresário. A família de Adriano não tinha interesse em continuar com a imobiliária após a tragédia.

“Eles passaram a ARS para mim, mas não tem como continuar com ela aberta por conta de inventário, que é demorado”, confirmou. “Então, estou abrindo outra (imobiliária), com novo CNPJ, mas ficaremos no mesmo local”.

Ela disse que os antigos clientes da ARS já estão sabendo da mudança e continuarão sendo atendidos ali mesmo, na avenida Independência. O nome da nova imobiliária, por enquanto, ainda não está definido.

     A imobiliária ARS será encerrada e, no mesmo local, surgirá outra

Indenização

A ex-esposa do empresário Adriano Ribeiro da Silva, Helena Taliberti, e o pai de Fernanda (noiva de Luis Taliberti), Justino de Almeida, entraram com uma ação na Justiça pedindo uma indenização da empresa Vale de R$ 40 milhões, por danos morais. Querem também que a Vale mantenha um memorial de todas as vítimas e pedidos de desculpa. Eles pedem o valor de R$ 10 milhões por cada vítima, além do bebê de Fernanda, que estava pra nascer.

Em nota divulgada à imprensa, a Vale informou não ter sido intimada ou citada nesta ação e que assinou junto à Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais o termo de compromisso onde as pessoas podem optar por acordos individuais ou por grupo e que fechou acordo preliminar que permite a antecipação dos pagamentos de indenizações emergenciais para todos os que residiam em Brumadinho ou que moravam até 1 quilômetro da calha do rio Paraopeba.