Que tal deixar o carro e andar de bicicleta?
Dia Mundial Sem Carro desperta a consciência por caminhar e pedalar
Neste sábado, 22 de setembro, comemora-se em todo o mundo uma data pouco divulgada, mas importante para a saúde física e o meio ambiente em geral: o Dia Mundial Sem Carro. Por conseguinte, as práticas de caminhar ou pedalar estão cada vez mais difundidas como exercícios vitais para o bem estar físico e psicológico.
Por conta disso, Gazeta do Rio Pardo entrevistou o ciclista Alexandre Galego, de 42 anos, que resume sua experiência com bike. Dentre outras coisas, ele conta que as pedaladas o ajudaram a se recuperar de cirurgias no joelho direito e que hoje, em São José do Rio Pardo, o número de adeptos do ciclismo aumentou muito.
As perguntas foram feitas por Luis Fernando Benedito e as fotos são do próprio Alexandre.
Quando começou a praticar a atividade com bicicleta?
Comecei a pedalar há 9 anos. Depois de um longo período dedicado às cirurgias e sessões de fisioterapia no joelho direito, recorri ao ciclismo para ajudar-me no fortalecimento e condicionamento físico. Acabei pegando gosto… Hoje, não me vejo longe da “magrela”.
Quais os passeios mais longos que você já fez?
Já fiz várias ciclos de viagens acima de 100 km. A maioria saindo sempre de São José do Rio Pardo. O percurso mais longo e desgastante foi o de ida e volta até o shopping Dom Pedro, em Campinas. Foram um pouco mais de 300 km, em 14h de pedaladas.
Custa caro montar e manter uma bicicleta?
Os gastos com a bicicleta são muito relativos. Vai depender muito do que você pretende fazer com a bicicleta. Se for utilizá-la somente para pequenos passeios ou até mesmo para usá-la como meio de transporte, não há a necessidade de se fazer investimento muito alto. Se o objetivo for percorrer longas distâncias e explorar terrenos mais sedimentares, aí sim aconselho a fazer um investimento um pouco maior para que se tenha mais recursos e segurança durante a trilha.
Pedalar faz bem para a saúde e mente?
E como faz! Pedalar é uma excelente terapia! Vivemos em mundo cheio de indiferenças e intolerâncias. Quando estamos pedalando, a integração e a cumplicidade entre os ciclistas aumentam e é uma excelente oportunidade para se fazer novos amigos e consolidar velhas amizades. O contato direto com a natureza induz o corpo, a alma e a mente a ficarem em uma perfeita sintonia… Isso é mágico!
Hoje em São José do Rio Pardo há muita gente que pratica o ciclismo por lazer ou para manter a forma física?
Sim! Atualmente, o número de adeptos ao ciclismo tem crescido abruptamente. As pessoas estão encontrando no ciclismo uma maneira mais divertida e prazerosa de se exercitarem.
Você indica esta atividade para aqueles que ainda não praticam?
Com certeza! O ciclismo traz benefícios físicos e emocionais, e contribui muito para a qualidade de vida. Praticada com bom senso e na medida certa, a atividade quase não tem restrições. É um excelente aliado contra o estresse.
Sua mensagem aos leitores
Invista em sua saúde e qualidade de vida e tenha mais longevidade!
Alexandre Galego e sua bike: ciclismo aproxima as pessoas e as faz amar a natureza
Filme Elo Perdido mostra o Brasil que Pedala
Para comemorar o Dia Mundial Sem Carro, celebrado anualmente em 22 de setembro, o CIS-Guanabara (Rua Mário Siqueira, 829, bairro Botafogo, Campinas), em parceria com o portal Bike é Legal, promove neste sábado, às 19h30, a exibição do filme Elo Perdido – O Brasil que Pedala. Dirigido pela arquiteta, jornalista e biker Renata Falzoni, o documentário foi produzido inteiramente em bicicleta, sem o uso de automóveis, e retrata lugares onde a bike resiste como alternativa de transporte para milhares de trabalhadores.
O evento tem o intuito de fomentar a cultura da bicicleta, trazendo a filmagem para alimentar uma roda de conversa em que seja dialogada a ciclomobilidade na cidade. O filme mostra a realidade de um Brasil que pedala e resiste a um cenário de motorização e prioridade a carros e motos nas ruas.
Da pequena cidade de Afuá, na Paraíba, às megalópoles São Paulo e Rio de Janeiro, a bicicleta é a escolha de milhares de brasileiros e Elo Perdido investiga os fatores que constroem a resiliência do ciclista brasileiro ao adotar um meio de transporte sustentável nas cidades.
Além das telonas, o documentário de Renata Falzoni também está disponível para exibições agendadas de forma gratuita na plataforma Videocamp. Para organizar uma sessão, basta cadastrar-se no site e estar de acordo com o termo de compromisso, que pede algumas informações como local e data da exibição, além de uma lista de espectadores presentes e registro fotográfico do evento.
Criado por Renata Falzoni, há um portal denominado Bike é Legal sobre ciclismo, mobilidade urbana e sustentabilidade. A proposta é oferecer informações abrangentes sobre bicicleta. Notícias, vídeos, fotos, artes, ideias, questionamentos, discussões e reivindicações integram a pauta do site que também apresenta ciclistas que são referências sobre o tema no Brasil.
Mais informações: telefone 19-3233-7801 ou e-mail amarildo@unicamp.br
Cena do filme Elo Perdido – O Brasil que Pedala, que mostra lugares onde a bicicleta é o veículo principal