Pelo menos 55 famílias são beneficiadas pelo projeto, que atende 75 crianças no Domingos de Sylos
Na noite de terça-feira (11), a diretoria do Projeto Mapear foi à Câmara para falar sobre as atividades socioeducativas oferecidas às crianças do bairro Domingos de Sylos, onde está sediado. Participaram da tribuna livre o gerente de projeto, Christiano Santos, o vice-presidente Gabriel Rodella e a presidente da entidade, Jussara Simonetti.
O objetivo da participação, conforme pontuou Gabriel Rodella, foi chamar a atenção e pedir apoio do Legislativa para os investimentos necessários à continuidade do projeto.
Atualmente, o Mapear atende 75 crianças, de 55 famílias, em contraturno, com atividades de reforço escolar, oficinas de música, esportes, recreação, cultivo de horta, entre outras.
Segundo Gabriel, o projeto sobrevive com doações, inclusive financeiras, de pessoas da comunidade e parceiros, realiza bazares e recebe subvenção mensal, da Prefeitura, na ordem de R$ 3.300,00. Também consegue recursos da Nota Fiscal Paulista que soma aproximadamente R$ 4 mil/mês.
Os recursos, conforme destacou, são insuficientes para aumentar as instalações e possibilitar que mais crianças e famílias sejam assistidas. “Nosso objetivo principal é formar cidadãos íntegros, dignos, capazes de transformar a realidade deles e da cidade”, comenta. “As oficinas são meras ferramentas para atingir esse objetivo”, completou.
Encerrar atividades
Conforme observado por Christiano, a pandemia fez aumentar o número de pessoas procurando o projeto e não há como ampliar o atendimento, com as instalações limitadas.
Jussara relembrou que o Mapear funciona em área cedida pelo município. No local – ao lado da Creche Benedita dos Reis Apolinário, no passado funcionou o Projeto Tuca. O imóvel ficou ocioso por longo período e, em 2015, foi cedido ao Mapear.
De lá para cá passou por várias obras de melhorias, para acomodação das crianças assistidas. Mas ela diz que ainda falta muito. “Fazemos o papel que a escola em tempo integral deveria fazer”, afirma a presidente da Ong.
Uma das propostas em andamento, explicada pelo gerente de projetos, prevê a construção de novas salas multiuso e cozinha, e também de cobertura para áreas livres, onde são realizadas atividades comunitárias. Apenas a elaboração do projeto está orçada na casa dos R$ 18 mil. A execução, pode passar de R$ 160 mil, dinheiro que não há no caixa da instituição.
“Esse projeto de ampliação é um sonho. Nossa realidade, hoje, é sobreviver. Se não houver apoio ou vai reduzir atendidos, atividades e ou encerrar atividades por falta de recursos”, disse Gabriel.