Animais mortos foram depositados no acesso a algumas chácaras, mas o mato e o lixo tomam conta da área
Moradores de propriedades na região do loteamento Santa Delfina dizem que cansaram. O descaso com a localidade “já beira a irresponsabilidade”, conforme reclamaram nesta sexta-feira, à Gazeta.
Por meio de um telefonema, uma moradora disse que o lugar vem servindo para o descarte de lixo de toda ordem, principalmente nos fundos do loteamento, ao lado de uma empresa de sucatas. O mato é alto os montes de lixo também. A reportagem constatou haver restos de construção civil e muitos resíduos domésticos.
Já no início da noite, outra pessoa da mesma região se manifestou, reclamando de mais um absurdo.
Moradores de algumas chácaras localizadas do outro lado da pista, praticamente em frente à mesma empresa de sucatas, quase não conseguem chegar em suas casas em razão do descarte de bichos mortos. Um bezerro apodreceu no local e há carcaças de outros animais de grande porte.
Os moradores não sabem explicar a origem do problema, mas deduzem que os restos ali jogados são – possivelmente – de animais abatidos clandestinamente.
A situação é de caos. O cheiro é insuportável e os prejuízos também. “A vizinha quebrou a calota do carro, quando passou sobre os ossos”, disse uma moradora.
“Hoje entramos em contato com todos os departamentos possíveis. Ninguém resolveu, só ficou um jogando pro outro”, afirmou, explicando que fizeram contatos com a Prefeitura, Zoonoses, Vigilância Sanitária, Secretaria da Agricultura, Pátio, Guarda Municipal e polícias Militar e Ambiental.
“Só a Guarda Municipal disse que tentaria fazer algo. Os outros só disseram: não é aqui”, comentou a moradora.
“Por fim, mandei no grupo de empresários onde tem vários vereadores e o prefeito. Ninguém respondeu”, continuou.
Outros locais
A deposição irregular de lixo em áreas públicas, loteamentos e beira de estradas do município é algo que ocorre há certo tempo. Entretanto, a novidade fica por conta dos restos de animais de grande porte.
Lá mesmo nas imediações do cemitério Memorial do Redentor, em frente à Avenida dos Rio-pardenses, o acúmulo de lixo é constante.
A Prefeitura vem anunciando, desde o ano passado, a instalação dos chamados eco-pontos – locais de descartes para restos de materiais da construção, eletroeletrônicos, móveis inservíveis dentre outros, mas o projeto não andou.
Alguns locais se tornaram tradicionais para a prática do descarte irregular e deixam as áreas comprometidas. É o caso do Alto Chapadão, na estrada do Venerando. Por ali passa o Caminho da Fé e – como mostra o colunista de ciclismo, Renato Marcelino, nesta edição o lixão está se formando novamente.
No acesso do Jardim Aeroporto ao Condomínio de Chácaras Macaúbas, na ligação da Nestlé ao Círculo 18 a situação também é complexa.