Com mais de 20 mil downloads, ‘Minhas Figurinhas’ atrai colecionadores da cidade e região
As irmãs gêmeas Isabela e Isadora foram as criadoras do novo aplicativo
Em ano de Copa do Mundo, diversos colecionadores de figurinhas já iniciaram suas compras para completar o álbum do Campeonato Mundial, que será realizado na Rússia nos meses de junho e julho. Pensando nisso, as irmãs gêmeas Isabela e Isadora Giacomini de Moraes, de 22 anos, estudantes de pós-graduação em Desenvolvimento de Aplicações para Dispositivos Móveis, desenvolveram recentemente o aplicativo de celular ‘Minhas Figurinhas’, que já possui mais de 20 mil downloads, com o objetivo de facilitar a vida dos apaixonados por futebol na hora de organizar seus álbuns.
Segundo Isadora, através do programa, os usuários podem controlar e acompanhar a quantidade de figurinhas nos livros físicos. “A tela inicial traz as figurinhas que você já tem e o total que você precisa. Também tem uma listagem de todas as categorias baseadas no álbum físico – como Apresentação, Estádios, Cidades, Seleções e Lendas da Copa. Você clica numa categoria e (o aplicativo) traz todas as figurinhas dela, e vai clicando para marcar as que já têm. As azuis são as que você tem e as em cinza são as que estão faltando.”
O aplicativo também permite que os colecionadores compartilhem no Whatsapp as figurinhas repetidas e as que faltam para completar os álbuns. “A gente fez essa opção porque achamos que ia facilitar, porque muita gente, durante esse período, começa a criar grupo para facilitar na troca, venda. Aí é só a pessoa compartilhar que já traz os números que ela marcou”, afirma Isabela.
Como a ideia surgiu
Com mais de 1.270 figurinhas ao todo, as irmãs, que são colecionadoras desde 2006, começaram a desenvolver o aplicativo após Isabela tentar organizar, de uma maneira inusitada, as figurinhas que já possuía. “Toda vez que vai ter Copa a gente já fica de olho para ver quando vai começar a vender. E quando começou nesse ano, a gente já comprou um punhado – Isadora adquiriu R$ 92 e Isabela R$ 200 em figurinhas – e ela começou a organizar pelo Word as que já tinha, mas estava dando muito trabalho. Então eu pensei: ‘tem que ter um jeito mais fácil’. E eu tive a ideia da gente desenvolver o aplicativo. Falei com ela e já começamos a organizar como ia ser, o que íamos fazer”, revela Isadora.
Repercussão inesperada
O programa foi baixado por diversas pessoas em pouco tempo e a repercussão surpreendeu as estudantes. “Foi muito legal, porque a gente não esperava a repercussão que poderia ter. Começou bem pouquinho e, depois de um dia para o outro, foi dobrando o número de downloads. E também o retorno que o pessoal está dando está sendo muito bacana para a gente estar melhorando o aplicativo.”
Além disso, Isadora também acredita que os usuários sejam de todas as faixas etárias. “Você vê que tem criança fazendo álbum, tem adulto, tem jovem. Recebi comentário de professor meu que está usando aplicativo. Acho que todo mundo que está colecionando, que tem interesse, está procurando por alguma coisa nesse sentido.”
Praticidade
Com cerca de 120 figurinhas, a rio-pardense Maria Teresa Duarte, de 23 anos, que atualmente mora e estuda em Poços de Caldas, conta ter aprovado o aplicativo pela praticidade oferecida aos colecionadores. “Dá para levar para qualquer lugar, como na faculdade, independente de papel; não precisa ter essa ‘trabalheira’ de ficar levando caneta. Já está tudo ali todas as respostas.”
Ela ainda revelou que o programa também tem atraído várias pessoas em Poços. “Um monte de gente da faculdade já está começando a baixar, porque vai ser muito prático para eles. Inclusive, quando fui recomendar para o meu namorado, ele já tinha baixado.”
Coleção em bancas é vendida rapidamente
Com uma alta procura pelos álbuns e figurinhas da Copa deste ano, bancas de jornais têm vendido a coleção rapidamente, como é o caso do estabelecimento de Jorge de Melo, localizado no centro da cidade. “Uns 500 álbuns já foram vendidos, além de muitas figurinhas. Já vendi R$ 600 para uma família só, de uma vez”, informou ele, que tem clientes com idade variando entre 5 a 80 anos, e diz que a coleção de figurinhas ainda é um hobby para toda a família.
Fonte: Gazeta do Rio Pardo – Por Marina Camacho