Gazeta Do Rio Pardo

Galos gigantes

Galos gigantes

O sitiante e locutor Roberto Viana Machado (Branco) descobriu na criação de galos gigantes uma ótima opção de renda. Página B7

Ele ficou mais conhecido nos últimos dois anos, porém, pelo trabalho como locutor de rádio na Difusora AM, onde apresenta o Prosa Caipira à tarde, com muita música sertaneja raiz e participação de ouvintes.

É na roça, porém, que Branco não apenas vive, mas também tem seu ganha-pão diário. E, de uns seis anos pra cá, ele se especializou na criação dos assim chamados “índios gigantes”, ou seja, galos e galinhas de portes maiores decorrentes de melhoramentos genéticos que visam a produção de animais de melhor qualidade.

Branco recorda que em 2013 comprou um frango dessa espécie como reprodutor e gostou do resultado. Em 2014 comprou outro, de qualidade ainda melhor, de matrizes também mais selecionadas. Passou a conhecer criadores de animais assim pelo país todo e sua criação pessoal de “índios gigantes” foi aos poucos aumentando, o que requereu muita dedicação, investimento, construção de baias e aprendizado.

Até 1,28 de altura

Ele explica que um galo dessa espécie pode chegar a 1,28 de altura, enquanto o galo ou frango caipira normal não passa de 80 cm. “Esse tipo de galo é ornamental, é usado, em nossas vendas mais para reprodução. A fêmea tem que ter pelo menos 91 cm e o macho pelo menos 1 metro e 5 centímetros”, detalhou, explicando que os animais que ficam abaixo disso são, geralmente, destinados ao abate.

O objetivo da criação dessas espécies, conforme revelou, é vender a genética dos mesmos para todo o país. No Brasil, hoje, a média de valor dos animais de maior qualidade genética e com grande altura é de R$ 2,5 mil, mas há quem venda galinhas ou frangos desse tipo por preços bem inferiores, correndo depois o risco de não ter o resultado esperado nas reproduções.

Branco conta que, no Brasil, houve recentemente a venda de uma galinha gigante chamada Betina por R$ 75 mil. O locutor e criador rio-pardense, obviamente, não teve essa sorte, mas conta que já negociou vários animais de muita qualidade por valores entre R$ 4 mil ou R$ 5 mil a unidade. O crescimento ideal demora cerca de 14 meses para os galos e 10 ou 11 meses para as galinhas.

Fêmeas menores

Branco comentou também que, apesar dos animais menores irem geralmente para o abate, as fêmeas gigantes de tamanho um pouco inferior ao ideal são as que mais produzem, sendo assim também muito procuradas. Quanto ao nível de agressividade, garantiu que é igual ao das galinhas ou galos normais, não exigindo uma preocupação maior por parte dos criadores.

Ele assegura que sua esposa e os dois filhos estão totalmente engajados nesse negócio, conhecendo desde os ovos até os demais detalhes envolvidos neste negócio. “É algo que dá lucro e a amizade que a gente faz com outros criadores ou compradores do Brasil é algo fenomenal. Eu e minha família já viajamos pelo Brasil todo só por conta disso”, concluiu.

FOTOS

Branco e um de seus galos gigantes: tamanho do animal impressiona

Filho de Branco e outro galo gigante, quase do tamanho do menino

Os galos gigantes ficam neste espaço no Sítio Boa Vista

 

Sest/Senat suspendem investimentos no Sistema S

Com um orçamento anual de R$ 970 milhões, o Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) decidiram suspender investimentos da ordem de R$ 308 milhões em novas unidades e contratação de pessoal. O motivo é a sinalização da equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro, durante o período de transição, de promover mudanças no chamado Sistema S, do qual as duas entidades fazem parte.

 

O sistema é o conjunto de organizações das entidades corporativas voltadas para o treinamento profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e atua em várias áreas, além dos transportes: comércio (Sec/Senac), indústria (Sesi e Senai), agricultura (Senar), cooperativismo (Sescoop) e micro e pequenas empresas (Sebrae).

 

A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, já chegou a afirmar que estudaria acabar com a  contribuição compulsória das empresas, com o objetivo de baixar os custos de contratação para gerar empregos. No entanto, de acordo com a diretora-executiva nacional do Sest Senat, Nicole Goulart, o assunto ainda não foi retomado depois da posse do novo governo. “Por conta da preocupação com o futuro, suspendemos os investimentos que estavam sendo feitos”, disse. O valor total que deixou de ser aplicado é de R$ 308 milhões.

– Fonte: Correio Brasiliense