Secretário comenta a matéria do jornal e pede aos motoristas que obedeçam as leis do trânsito
O secretário municipal de Segurança e Trânsito em São José, José Fernando Folharini, disse que após a matéria da Gazeta na semana passada sobre o número de multas efetuadas pela Guarda Civil Municipal (GCM), ele foi novamente questionado por algumas pessoas sobre a “indústria da multa” na cidade. Explicou, no entanto, que se a “indústria” existe é porque também existe a “matéria-prima”, ou seja, as infrações de trânsito, as quais precisam ser coibidas para o bem e para a segurança da própria sociedade local. E disse torcer muito para que essa “matéria-prima” um dia acabe e não haja mais necessidade da aplicação das multas.
Folharini esclareceu que a informação publicada pelo jornal de que a média de 18 multas diárias aplicadas em São José do Rio Pardo inclui também as que são efetuadas pela Polícia Militar. “Lógico que o maior número aí cabe à Guarda Municipal, que está em torno de 15 autuações por dia”, admitiu o secretário. “Mas é importante frisar que esse número não reflete ainda os abusos e o desrespeito à lei de trânsito em nossa cidade”.
Respeito
“Se vocês, condutores, passarem a usar o cinto, passarem a não falar ao celular enquanto dirigem, respeitarem as vagas especiais de idosos e portadores de deficiências, pararem na mão de direção de forma correta e não na contramão, não pararem nas guias rebaixadas, obviamente a ‘indústria’ vai fechar. E é isso que a gente deseja, que São José tenha condutores respeitosos porque, se respeitarem o trânsito e as sinalizações, dificilmente teremos acidentes e dificilmente teremos vítimas. E isso é o mais importante”, continuou.
Ofensa aos guardas
Folharini assegura que os guardas municipais têm procurado inicialmente conversar com motoristas sem cinto ou falando ao celular enquanto dirigem, no sentido de alertá-los do erro. “Infelizmente, há aqueles que chegam ao ponto de desrespeitar e até ofender os guardas, inclusive um funcionário público que foi até a Secretaria de Trânsito para gritar com eles. Aqueles motoristas que estão sendo educados, nós muitas vezes não estamos efetuando as autuações, mas apenas passando a informação educativa. Agora, para aqueles que abusam, que partem para a agressão verbal, aí sinto muito: é para fazer a atuação mesmo!” Ele lembrou, ainda, que as leis foram feitas para organizar uma sociedade, “mas a sociedade rio-pardense estava e ainda está desorganizada”. Comentando, novamente, o número de multas aplicadas, afirmou que a GCM não tem o tempo hábil para autuar todas as infrações cometidas diariamente pelos motoristas. “São José do Rio Pardo está tendo uma média de 200 infrações diárias, tanto no centro quanto nos bairros. Ainda assim, o que realmente espero, sinceramente, é que os condutores matem, enterrem e fechem a ‘indústria de multas’, como alguns que gostam de falar pelos cotovelos estão falando. É só observarem as regras de trânsito e isso irá acabar”.