Gazeta Do Rio Pardo

Emprego e obra do esgoto foram pauta de secretários na Câmara

Secretário de obras diz que ainda faltam R$ 30 milhões para a finalização do projeto do esgoto

As declarações do prefeito Marcio Zanetti, sobre concluir as obras do esgoto nesse mandato ficaram na promessa. Na última terça-feira (28), os secretários municipais Guilherme Antonio dos Santos (Obras) e Paulo Eduardo Gonçalves Boldrin (Gestão), compareceram à Câmara após convocação, para participar da Tribuna Livre e, na ocasião, apresentaram um discurso diverso do que vinha sendo falado até aqui em relação às obras do esgoto.

A participação foi para tratar sobre ações do governo municipal para a geração de emprego e fomento ao desenvolvimento industrial. Vereadores questionaram a ausência de legislação e de ações que viabilizem maior agilidade nos processos.

Para geração de emprego, o secretário de Gestão disse que a política municipal tem priorizado programa de qualificação de mão de obra, como o Emprega Rio Pardo. Mencionou ainda que está em andamento a criação do Programa Frente de Trabalho, criando 100 vagas de qualificação profissional com curso de capacitação e contraprestação de serviços na Prefeitura.

O secretário de Obras deu enfoque a um projeto para criação do Polo Industrial, a ser implementado em parceria com a iniciativa privada, nas imediações da Cooxupé, contando com uma incubadora de empresas e comercialização de lotes para instalação industrial. Segundo ele, nas próximas semanas será formulado termo de referência e lançamento de edital para o empreendimento.

Segundo Boldrin, a obra do esgoto – entrave que impede, por exemplo, a instalação de novas empresas no Distrito e no futuro Polo Industrial – deverá passar por nova licitação. Esse compromisso foi assumido pelo prefeito Márcio Zanetti ainda no ano passado, mas não aconteceu.

De acordo com o secretário de Obras, para o projeto funcionar, há necessidade de praticamente o mesmo valor destinado no início da obra. “Já com a revisão do projeto, percentual do projeto social, estamos falando de novo de uma obra de 30 milhões de reais”, disse, observando que faltam cerca de 25% de sistema para serem concluídos.

“A obra, mais uma vez tem um cronograma de 12 meses. A gente espera que até o mês seis, sete, esteja com a obra licitada e liberada pra execução. Então, em junho ou julho de 2024, a gente espera a conclusão dela em 12 meses”.

Outros assuntos

Indicação do vereador Rafael Kocian sugeriu à Guarda Civil Municipal a ronda ostensiva em todas as escolas do município. Segundo ele, pais de alunos e funcionários de escola, alegam situações de risco a segurança dos alunos. “As rondas poderiam ser efetuadas nos horários de entrada e saída nas unidades escolares”, observou.

O vereador Henrique Torres falou sobre o Serviço de Obras Sociais (SOS), questionando, em requerimento à Prefeitura, se procede a informação de que a Secretaria Municipal de Obras foi despejada do prédio de propriedade da antiga entidade. “Em caso afirmativo, houve o pagamento de multa diária em decorrência do atraso no cumprimento desta ordem judicial, e qual o valor liquidado pela municipalidade?”, indagou.

A Lei da Aplicabilidade foi tema de requerimento da vereadora Lúcia Libânio ao Executivo Municipal. “A aplicação do aumento, disponibilizado aos funcionários a partir da reforma administrativa, não foi feita no evento constante dos holerites, denominado “Lei da Aplicabilidade”. Quais os motivos pelos quais não foi feita tal majoração? Qual a previsão para que essa regularização ocorra? Os questionamentos são para sanar a demanda de questionamentos de muitos servidores municipais”, justificou.

Requerimento do vereador Pedro Giantomassi, questionou os atendimentos no Pronto Socorro. “Questiono sobre vídeo que circulou em redes sociais, onde um idoso, que necessitava de internação, aguardava atendimento no P.S. para poder internar na Santa Casa. O caso é recorrente e reflete, ao nosso ver, uma dificuldade de triagem dos pacientes que chegam ao P.S. Ano passado, ao reclamarmos da situação, identificamos a necessidade de ampliação do quadro de servidores, sob a alegação de que um maior número de enfermeiros e técnicos de enfermagem possibilitaria designar um profissional exclusivamente para o serviço de Triagem no local. Diante do exposto, gostaria que fosse encaminhado à esta Casa a relação dos técnicos de enfermagem e enfermeiros que estavam designados a prestar serviço no P.S. no mês de março de 2022 e também neste mês de março, bem como quais são os profissionais que revezam atualmente a função de triagem dos pacientes”, requereu.

O vereador Paulo Sérgio Rodrigues, em requerimento à Prefeitura, questionou se ocorreram gastos da municipalidade com publicidades na EPTV Central e com influencers digitais entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2023, bem como os valores. “Já fui e ainda sou questionado sobre o tema e gostaria de esclarecimentos a respeito”, justificou o vereador.

Outro assunto em Plenário, o Profast, foi tema de requerimento, do vereador Eduardo Ramos. Ele solicitou informações sobre o andamento das obras de reforma, já que, ao que lhe parece, não há movimentação destes serviços no local.

Por fim, a falta de nomes nas ruas de diversos bairros – problema já apontado em outras ocasiões na Câmara, foi questionada, por meio de requerimento de autoria do vereador Gabriel Navega. “Gostaria de saber se há previsão para a colocação dessas placas com os devidos nomes das ruas, pois há uma dificuldade muito grande por parte dos entregadores, carteiros, entre outros serviços justamente pela falta da designação dos logradouros”, concluiu.