Gazeta Do Rio Pardo

‘Educa Rio Pardo’ envolverá 20 escolas

‘Educa Rio Pardo’ envolverá 20 escolas
Com recursos do Fehidro, projeto apresentado na FEUC começa em 2019
O projeto de educação ambiental Educa Rio Pardo foi oficialmente lançado no dia 29 de agosto na FEUC, mas deverá ser efetivamente posto em prática em 2019, tendo como foco os resíduos sólidos do município. Ele consiste na parceria de várias Secretarias Municipais e da própria FEUC, devendo envolver cerca de 20 escolas de ensino fundamental (1º a 5º anos), aproximadamente 100 professores, que passarão por capacitação, e mais de 3 mil crianças.

Leiri Valentin, diretora acadêmica da FEUC, anunciou na quarta-feira o projeto aos parceiros do empreendimento educacional/ambiental, explicando que será financiado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo, com recursos da ordem de R$ 118 mil, a serem repassados pelo Fehidro – Fundo Estadual de Recursos Hídricos.

A ideia desse projeto, segundo Leiri, nasceu de uma conversa que teve inicialmente com Rodrigo Vieira (CATI), Samuel Folcheti (diretor de meio ambiente), Cadão (secretário de Agricultura), Renata Vechini (professora de meio ambiente) e Caetano Minus (secretário de Educação). Houve algumas reuniões e alguns esboços iniciais do projeto e correções até chegar ao texto final, que foi aprovado pelo Fehidro.

A elaboração do projeto, como mencionado acima, teve colaboração da Prefeitura, por meio das Secretarias Municipais de Educação e de Agricultura e Meio Ambiente e ainda do representante da CATI. Todos estarão diretamente envolvidos no desenvolvimento do que é proposto no projeto, mobilizando pessoal, infraestrutura e ainda dando suporte para que as ações aconteçam.

Opiniões

O veterinário e diretor Samuel Folchetti, de meio ambiente, afirmou que o resíduo sólido descartado e não reutilizado acaba sendo oneroso para o município, razão pela qual é preciso um projeto assim. Lembrou que existe um dito popular ou ambiental de que o lixo no Brasil é um luxo, pelo potencial financeiro que oferece. “A própria Cetesb identifica que o lixo em nosso município tem um potencial de comercialização muito alto”, mencionou. “A ideia é conseguir desenvolver ou retirar, por assim dizer, o dinheiro desse lixo com os recicláveis e transferir isso para um programa social ou até para o próprio Recicla”.

Segundo o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Carlos Ricardo Dias de Sousa (Cadão), a parceria agrega importante contribuição às iniciativas do município pela melhoria ambiental. “É uma parceria que deve ser comemorada, afinal pela primeira vez São José do Rio Pardo terá um projeto deste nível custeado por recursos do Fehidro”, destacou. “Isso se deve muito à credibilidade das instituições envolvidas, especialmente da FEUC, que tem um histórico de significativo suporte para o desenvolvimento de nosso município”.

José Caetano Minus, secretário de Educação, disse que este projeto é a base de todas as ações humanas, ou seja, a educação. O próprio nome do projeto, Educa Rio Pardo, é, na opinião dele, um esforço no sentido de conscientizar crianças e pais quanto ao problema do resíduo sólido no município. “As crianças acabam influenciando os mais velhos e até os mais maduros. Quando o filho aprende alguma coisa na escola, ele chega em casa e comenta com o pai e até mesmo policia o pai”, comentou, dizendo ainda que a educação é algo germinativo e, ao mesmo tempo, um processo de envolvimento visando a conservação da vida.

Participantes do encontro na FEUC, quando o projeto foi oficialmente apresentado e detalhado

 

Professores auxiliares pedem modificação em projeto de lei

O prefeito Ernani Vasconcellos pediu a retirada de pauta, na Câmara Municipal, do projeto de lei que modifica os critérios quanto à investidura de Professores Auxiliares em funções administrativas na Educação. Segundo o prefeito, a retirada do projeto é para que a situação dos Professores Auxiliares seja revista de maneira mais ampla, assegurando direitos que não foram previstos na lei que implantou a categoria na rede municipal de ensino.

“Após circular a informação de que nós íamos propor mudança na lei para facilitar o ingresso de P.A. em cargos de gestão nas atividades da Educação, fomos procurados por algumas professoras que explicaram a necessidade de corrigir outras distorções. A reivindicação é justa e já que o assunto está em pauta, vamos reunir mais informações e avaliar mudanças”, explicou o prefeito.

De acordo com o prefeito, nos próximos dias profissionais da categoria serão chamados a opinar para avaliar se há consenso em relação às reivindicações. “Uma das questões levantadas pelas professoras é que a lei promove tratamento desigual. Elas desempenham as mesmas atividades dos professores do quadro mas não são beneficiadas com os mesmos direitos. Um exemplo é o Plano de Carreira. Estas funcionárias, que possuem formação e qualificação, não são amparadas pelo Plano de Carreira do Magistério. Então nós queremos discutir isso mais detalhadamente e a partir daí enviaremos à Câmara uma proposta que atenda a toda a categoria”, completou Ernani.

De acordo com a Secretaria de Educação, atualmente a rede municipal conta com 105 professores auxiliares, sendo 82 da Educação Básica e 23 da Educação Especial. Para fazer alterações na legislação, a Prefeitura deverá rever os cálculos orçamentários.