Aos 74 anos de idade, há 30 anos ele se tornou referência da Paróquia São José
Rio-pardense, nascido em 9 de abril de 1948, ele passou parte da infância no Sítio São João da Fartura. Aos 8 anos, colecionava álbuns de figurinha, jogou futebol, andou de bicicleta, mas sempre com grande foco nos estudos. “Éramos uma família muito pobre, mas Deus teve fartura para conosco”, disse em entrevista ao podcast DioCast – produzido pela Diocese de São João da Boa Vista.
Aos 12 anos de idade, ingressou no seminário em Ribeirão Preto, depois Brodowski. “Somos em quatro irmãos. Quando fui para o seminário, minha irmã mais nova tinha nascido há três meses. Eu ficava muito tempo no seminário, então pensei: acho que nunca vou conhecer minha irmã direito”, lembra, observando que estava equivocado e a convivência com irmãos foi a melhor possível.
Aos 17 anos rumou para São Paulo, onde estudou Teologia e foi ordenado diácono. Depois foi ordenado padre e sua primeira paróquia, em 1973, foi a de São Sebastião, em Mococa. E assim foi sendo construída a vida religiosa do Cônego João Antônio Darcie, na qual se encontra há 50 anos e que neste final de semana celebra Jubileu de Ouro Sacerdotal.
As comemorações começaram nesta sexta-feira (27), com celebração eucarística, na Igreja Matriz, para autoridades eclesiásticas, religiosos e seminaristas. Outra celebração acontece neste sábado (28), às 18h30, para a comunidade da Paróquia São José, que ele dirige há 30 anos, e da qual é referência.
Aos 74 anos de idade, formado em Pedagogia, é dono de uma oratória singular, mas diz que faz apenas o “arroz com feijão”. Com uma homilia sincera, direta e didática, empregando Psicologia, Sociologia e Filosofia, ele instiga os fieis a praticarem o evangelho nas atividades diárias, no cotidiano.
Escritor de vários livros, que associam a temática religiosa às questões sociais e de formação do indivíduo, o Cônego Darcie é um profundo defensor do conhecimento, observando que a leitura transforma e que é preciso ler para ser livre.
Leitor das obras de grandes nomes como Carl Gustav Jung, Sigmund Freud, Melanie Klein, já escreveu, inclusive, um livro sobre a simbologia dos sonhos. Ele diz não saber exatamente quando surgiu sua vocação para a vida religiosa, mas destaca: “Cada um entende o chamado em determinado momento. Minha mãe e meu pai diziam que eu nem falava direito, mas falava em ser padre”, lembrou.