Desse total, a Prefeitura deverá ter este ano, se a Câmara aprovar empréstimo junto a Caixa, cerca de R$ 10 milhões
São José do Rio Pardo vai precisar de um montante entre R$ 65 milhões a R$ 70 milhões para conseguir recuperar todas as ruas esburacadas da região central e bairros mais antigos. A cidade tem aproximadamente 1 milhão e 200 mil metros quadrados de vias com problemas, correspondendo a 70% do total de ruas e avenidas existentes nesses dois setores: centro e bairros antigos. Os números e cálculos são do engenheiro civil e ex-secretário municipal de Obras, Mário Aparecido Gusmão.
Mário Gusmão chamou de “cidade antiga” a parte mais velha de São José do Rio Pardo, incluindo os bairros formados décadas atrás como os quatro conjuntos habitacionais do Vale do Redentor, Carlos e Eduardo Cassucci, Domingos de Sylos, etc. Os conjuntos novos, ou seja, implantados nos anos mais recentes ficam de fora do cálculo que ele fez por terem também asfalto não envelhecido e, teoricamente, menos buracos.
Com isso, o engenheiro civil, com larga experiência não apenas no ramo de construção particular mas também em obras públicas, calcula que a “cidade antiga” tenha entre 1 milhão e 700 mil metros quadrados a 1 milhão e 800 mil metros quadrados de ruas com pavimentação asfáltica. “Destes, podemos considerar que 70%, infelizmente, precisam de reparos. Então trabalharíamos aí com um número de aproximadamente 1 milhão e 200 mil metros quadrados (a serem consertados)”, explicou.
“Este reparo teria que incluir limpeza, remoção de resíduos, possíveis consertos ou revisão hidráulica das pluviais, porque muito do nosso asfalto é danificado por entrada de água, pela umidade. Então, se pudermos aproveitar e fazermos algumas correções, o asfalto vai durar mais. E aí sim aplicar a capa asfáltica, o asfalto a quente”.
“Esse 1 milhão e 200 mil metros quadrados, numa empresa boa que faça tudo isso, com todas as notas fiscais e tudo legal, irá custar em torno de 65 a 70 milhões de reais nesta tarefa de recapear a ‘cidade antiga’. Quero explicar que estou dizendo ‘cidade antiga’ porque os bairros novos como Macaúbas, Alto da Serra, Jardim Santos Dumont e outros, não computei nessa conta porque estão com asfaltos relativamente bons e não precisam de reparos”, conclui.
R$ 10 milhões este ano
Dos R$ 65 milhões a R$ 70 milhões calculados por Mário Gusmão para consertar os buracos da cidade, cerca de R$ 10 milhões deverão entrar nos cofres da Prefeitura este ano, para obras de infraestrutura.
Emendas de 2019 do ex-deputado federal Silvio Torres no valor de R$ 1.750.000 foram empenhadas junto ao governo federal e, segundo informações do secretário municipal de gestão Fernando Passos, o convênio já foi assinado e a Prefeitura ficou de enviar a documentação para a Caixa Econômica Federal; depois disso, a verba deverá ser liberada. Esse dinheiro deve ser usado no recapeamento da Perimetral, no trecho entre a Feira do Produtor e a Usininha.
O deputado federal Samuel Moreira (PSDB) empenhou R$ 1 milhão também para este ano e o deputado estadual Barros Munhoz destinou R$ 100 mil, para obras em ruas do bairro Domingos de Sylos.
Além desses recursos, há mais R$ 1.400.000 autorizados pelo governo estadual igualmente para infraestrutura, com previsão de que o convênio seja assinado até março. A soma desses recursos totaliza R$ 4.250.000.
Como a administração rio-pardense enviou à Câmara um projeto solicitando autorização de mais R$ 10 milhões junto à Caixa, sendo um pouco mais de R$ 5 milhões também para infraestrutura, o montante final de verba a ser utilizada este ano em pavimentação asfáltica deve ser de R$ 10 milhões (se os vereadores aprovarem o projeto).
Distrito Industrial
A Secretaria Municipal de Planejamento, Obras e Serviços aguarda assinar o convênio relativo ao recurso de R$ 1.400.000 para que possa abrir o processo de licitação que definirá a empresa responsável pelo recapeamento no Distrito Industrial.
Segundo a Prefeitura, esse valor será aplicado na recuperação da Avenida dos Braghettas, que é a principal e mais movimentada do Distrito, e em algumas ruas próximas. “Nas ruas onde o asfalto está um pouco melhor vamos fazer o serviços de tapa-buracos. Também teremos que refazer algumas guias e sarjetas, bocas de lobos, entre outras melhorias. E mesmo sendo uma boa quantia de recursos, não conseguiremos recapear o Distrito Industrial por inteiro”, previu Thales Marin, coordenador de obras da Prefeitura Municipal.
Ele informou ainda que a espessura do asfalto
será de 4 centímetros na avenida dos Braghettas e 3 cm nas ruas adjacentes. “Como
a avenida dos Braghettas recebe trânsito de veículos mais pesados (carretas e
caminhões), teremos que fazer a camada asfáltica mais resistente. Já as ruas
adjacentes geralmente têm o fluxo de veículos mais leves e, com isso, a camada
asfáltica pode ser um pouco menor, além de fazer as bases nos pontos com menor
resistência da via”, acrescentou.
O projeto da primeira fase da obra, que compreende
grande parte da avenida dos Braghettas, já está pronto, enquanto o projeto da
segunda fase está em fase de conclusão. “Os primeiros 700 mil reais vamos
utilizá-los nesta primeira fase, os outros 700 mil serão utilizados na segunda
fase do projeto do Distrito I”, finalizou Thales Marin.