Quatro vereadores defenderam a volta das sessões noturnas mas foram vencidos
Aquelas sessões com a Câmara completamente lotada, como ocorreu muito em anos anteriores, vão ficar apenas na lembrança. Foi aprovado nesta terça-feira, 21 de setembro, um projeto de resolução de autoria do presidente Rafael Kocian, estabelecendo que as sessões serão mantidas em definitivo no período da tarde.
A medida foi motivo de bastante debate, com argumentos favoráveis e contrários.
O grupo da oposição, com Rubinho Pinheiro, Paulo Sérgio Rodrigues, Henrique Torres e Toco Quessada votou contra as sessões no horário da tarde, observando que isso dificulta a participação da população.
Tanto Rubinho quanto Henrique destacaram que no horário da tarde, a maioria da população está trabalhando, e isso dificulta o acompanhamento das sessões, seja presencial ou mesmo via internet.
“Entendemos que a Câmara é a casa do povo e colocar as sessões em horário comercial você retira a possibilidade das pessoas acompanharem ao vivo as sessões assim como estarem presentes e próximos aos vereadores na hora de legislar”, divulgou Henrique Torres em redes sociais.
Em argumento pela aprovação, Rafael Kocian disse que a medida não é para evitar a presença das pessoas nas sessões, mas atender questões administrativas, porque os servidores que passam do horário trabalhando, não podem receber horas extras. Nas suas colocações, disse ainda que a participação popular em audiências públicas, são mais significativas do que nas sessões plenárias. Em anos anteriores, entretanto, Kocian convocava a população para comparecer às sessões, quando havia projetos polêmicos.
Após os debates, o PL foi colocado em votação, sob presidência da vereadora Lúcia Libânio. Votaram a favor da manutenção do horário, ou seja, para que as sessões permaneçam no período da tarde, os vereadores: Rafael Kocian, Pedro Giantomassi, Thaís Nogueira, Romano Cassoli, Gabriel Navega, Fernando Gomes, Eduardo Ramos, Moraci Bálico.
Votaram contra, ou seja, para que as sessões sejam realizadas à noite, os vereadores Paulo Sérgio Rodrigues, Toco Quessada, Henrique Torres e Rubinho Pinheiro.
Por conta da pandemia, as sessões da Casa estão fechadas ao público e está sendo discutida a permissão de que apenas 19 pessoas participem, conforme orientação dos órgãos sanitários.