Gazeta Do Rio Pardo

Audiência pública da LDO tem reivindicações

Audiência pública da LDO tem reivindicações

Entidades temem perder os repasses e solicitam reajuste da inflação

 

A queda de repasses de verbas para as entidades assistenciais de São José do Rio Pardo nos últimos quatro anos foi um dos questionamentos mais comuns na Audiência Pública do dia 13, na Câmara Municipal, quando a Lei das Diretrizes Orçamentárias de 2019 foi apresentada. Representantes de várias entidades estiveram lá e pediram apoio dos vereadores, e da própria administração, para evitar que isso continue ocorrendo no Orçamento de 2019.

Também representantes dos Conselhos Municipais (de Saúde, de Educação, de Alimentação) estiveram presentes e solicitaram que haja previsão orçamentária para o próximo ano para auxiliar os trabalhos desses órgãos. “São diversas demandas que nos foram passadas para a gente cobrar do Executivo e para que se faça alteração no orçamento, para abranger essas necessidades”, resumiu Rubens Pinheiro Neto, vereador e líder do prefeito na Câmara.

Solicitações

Reginaldo Rolleira, da Agradef, mencionou a retirada do combustível desde o ano passado pela administração, o que elevou os gastos da entidade. Lídia Ribeiro, atual presidente do Projeto Renascer, disse que a entidade também ficou sem a gasolina que era fornecida pela Prefeitura.

Lídia comentou ainda que assumiu este ano e está assustada com o andamento das contas, já que, a exemplo das outras entidades, têm gastos fixos com funcionários e demais despesas. Para se manter, essas entidades fazem eventos incontáveis na cidade, como forma de arrecadar dinheiro e continuar sobrevivendo porque as verbas recebidas de repasses suprem apenas parte dos gastos.

A presidente do Renascer pediu a Luiz Antônio Furlan, coordenador financeiro e representante da Prefeitura na Audiência Pública, que leve à administração o pedido de uma reunião ainda este ano com o prefeito para realinhar os repasses, pelo menos, ou reajusta-los segundo a inflação do período. “Não conseguimos mais manter a nossa folha de pagamento e se nossa perua quebrar mais uma vez, teremos que coloca-la dentro da garagem. Temo que o Renascer, um projeto de 22 anos, pare em 2019”, concluiu.

Algemira Pinheiro de Souza (Lar da Infância), outra a falar, disse que vai para o quarto ano que a entidade da qual faz parte está recebendo a mesma verba municipal, sem reajuste. “A gente vai ter que dispensar crianças ou diminuir o atendimento, o que aumentará a quantidade de crianças soltas na rua”, previu. “Tenho uma creche (para crianças) até 6 anos e ainda um projeto, de 7 até 13 anos, e a gente fica com elas lá. É bom para as mães que elas fiquem lá o dia todo. Gostaria de ver com o prefeito se ele pode nos dar uma ajuda a mais, porque as entidades estão todas com o chapéu na mão”.

FOTOS

Representantes de várias entidades estiveram presentes e fizeram solicitações