Gazeta Do Rio Pardo

Agência de Desenvolvimento propõe o ‘Rio Pardo 2050’

Palestra de Amélia Queiroz no CCIB foi para mostrar o projeto aos rio-pardenses

 Na última segunda-feira, 29 de abril, alguns representantes de instituições rio-pardenses se reuniram no Centro Cultural Ítalo Brasileiro (CCIB) para assistir a uma palestra ministrada por Amélia Queiroz Melo, ex-secretária de desenvolvimento de São João da Boa Vista. Eles foram ouvi-la falar das propostas sobre o plano “Município 2050”, promovido pela Agência de Desenvolvimento Regional.

“O objetivo da palestra foi mostrar para as lideranças empresariais da cidade um projeto ou uma forma de olhar e organizar São José no que diz respeito à geração de emprego e renda. É um projeto da Agência de Desenvolvimento Regional, baseada na experiência inicial que nós tivemos em São João da Boa Vista. Hoje já temos na cidade de Mococa e em mais seis municípios da nossa região, que estão envolvidos e cientes dessa necessidade. É preciso planejar as cidades com a visão de futuro e definir os grandes projetos e grandes ações estratégicas, sejam nos novos negócios, na formação de mão de obra, cursos técnicos e cursos superiores que a cidade vai ter”, explica Amélia.

A ideia é que o projeto “Município 2050”, a partir do momento em que é aprovado pela cidade, passe a nortear a gestão pública. “Não tem mais aquilo do novo prefeito chegar e decidir o que ele acha melhor. Ele vai ter que se conduzir pelo projeto da cidade, que foi construído pela mesma. Com isso, você garante uma maior efetividade do poder público. Quando você tem um plano de cidade, não tem mais aquele candidato que vai propor coisas que ele nunca vai realizar e que a cidade também não precisa. Ele vai ter que se comprometer em realizar um plano que o município deseja, com as estruturas, construções de creches, escolas, ou da captação de negócios que o projeto está prevendo”, completa.

Novos modelos

“Cada município tem a sua história, e os moradores tendem a ser conservadores com relação ao olhar para a cidade. Mas o mundo está pedindo novos modelos, novos olhares. É necessário muita inovação, integração entre as cidades, entre as lideranças. Um plano desse tipo que seria o ‘Rio Pardo 2050’, não tem partido, é a própria cidade, isso que é interessante. No momento de você desenhar São José, não existem interesses pessoais, nem políticos, o que conta é o município”, prossegue a palestrante.

De acordo com ela, a sociedade civil organizada vai liderar os próximos passos. “Eles, enquanto grupo, vão se reunir e decidir como vão arrecadar os recursos necessários para a contratação desse trabalho, como isso vai operar e qual será a instituição líder. Que pode ser uma instituição comercial, ou qualquer outra. O importante é que já saiu a decisão. Eles querem e vão se organizar para colocar o plano em ação”, assegura Amélia.

Segundo a palestrante, o projeto custa em torno de R$ 500 mil a R$ 600 mil. “Ele é desenvolvido por profissionais de grande competência. A Agência de Desenvolvimento é a líder do projeto na execução, mas não é ela quem faz todo o processo. Ela contrata pessoas, empresas, prestadores de serviços, universidades com grande competência técnica para isso. É importante que venha alguém de fora para olhar tudo de uma maneira mais profissional e até mais fria, para identificar e resolver tais questões. Quando você prepara a cidade para o desenvolvimento econômico, começam a aparecer as oportunidades de negócio, de captar novas empresas para o município. Se você tem um ‘Rio Pardo 2050’, já é um cartão de visita para trazer negócios para a cidade”, encerra.

Amélia Queiroz Melo, ex-secretária de desenvolvimento de São João, falou sobre o projeto “Rio Pardo 2050”

 

          Público presente na palestra, realizada segunda-feira, dia 29