Gazeta Do Rio Pardo

Adoção de filhos tem muita gente interessada

Adoção de filhos tem muita gente interessada

Promotor José Cláudio Zan diz que há vários casais na cidade querendo adotar crianças

 

O promotor de justiça José Cláudio Zan, da Comarca de São José do Rio Pardo, disse esta semana à Gazeta do Rio Pardo que o tema “adoção” é bastante complexo no sistema jurídico brasileiro. Ele fez então um resumo do assunto ao jornal, ressaltando um detalhe positivo: existem várias pessoas na cidade interessadas em adotar crianças.

“A pessoa ou casal interessado em adotar uma criança deve vir ao Fórum, onde será orientada a passar por um procedimento de cadastro. Essa pessoa ou esse casal terá que se submeter a uma avaliação psicológica, a um estudo social. Terá que trazer documentos comprovando o estilo de vida que leva, a renda que tem, a boa saúde mental, a fim de que possa passar por uma avaliação e, a partir daí, sendo aprovada, entrar num cadastro de adoção”, explicou Zan. “Eles entram numa fila de pessoas interessadas em adotar”.

Zan afirmou na sequência que, conforme a disponibilidade das crianças que são colocadas na fila para adoção e seguindo a manifestação da vontade das pessoas quanto a preferência, o procedimento avança. “Isso porque, às vezes, a pessoa quer uma criança que tenha só até um ano de vida. Outra pessoa pode querer um recém-nascido. Outro não se importa com a idade ou a cor. Assim, passa por esse crivo e entra nessa fila. A partir do momento em que surgem crianças disponíveis para a adoção, esses casais ou essa pessoa são convocados a manifestarem a vontade, se têm interesse ou não naquela criança posta em adoção”.

Segundo o promotor, o processo de cadastro não é moroso, mas rápido, fácil e sem muita burocracia. Ele é feito apenas para seguir algumas exigências legais a fim de que a criança não seja colocada em um ambiente que já seja conflituoso ou, por exemplo, aos cuidados de um casal que já esteja envolvido com crimes.  “O que é mais demorado e exige um pouco mais de paciência é justamente aguardar a criança que seja colocada em adoção. Esse processo é um pouco mais longo, até porque não é sempre que há crianças disponíveis para serem adotadas”.

Grande interesse

José Cláudio Zan disse, satisfeito, que em São José do Rio Pardo é grande a quantidade de casais interessados em adotarem crianças. “Costumo falar que isso é uma verdadeira demonstração de amor. O casal abre mão daquele seu conforto e tranquilidade e se dispõe a receber em sua casa uma criança que vem de outra família”, prosseguiu.

Lembrou que geralmente o casal adotante não sabe ao certo a origem daquela criança, a forma como foi gerada, mas, mesmo assim, está decidido a acolhê-la e dar-lhe uma nova esperança. “Graças a Deus, São José tem, sim, bastante casais interessados, sempre havendo uma fila de espera”, ressalvando, além disso, que tudo corre sempre em segredo de Justiça, quer para quem adota, quer para a criança a ser adotada. “Todos os processos da Infância e Juventude correm em segredo de Justiça”.

Destituição

José Cláudio Zan também mencionou sobre o lado oposto à adoção, ou seja, o processo de destituição do poder familiar, quando a criança será retirada da família à qual pertence por problemas insolúveis (abuso, abandono etc). Isso também corre em segredo de Justiça e essa criança, ao final desse processo de destituição, é que será colocada à disposição da Justiça para ser adotada por uma nova família.

“A exemplo do processo de adoção, neste processo de destituição não há divulgação alguma de dados, nem da família, nem da criança”, concluiu o promotor. Exatamente por conta do segredo de Justiça é que ele e o Educandário São José, que também foi procurado pelo jornal, não puderam informar nada sobre o número atual de crianças aguardando adoção no município.

Número de crianças para adoção no município não foi informado, por segredo de Justiça

José Cláudio Zan, promotor de Justiça: interessados devem ir ao Fórum e se cadastrar